Vídeo: Vereador e ambientalista denuncia sobre novo loteamento em área de mata atlântica em Porto Alegre
Leo da Costa alerta para riscos ambientais em projeto suspenso pela Justiça: floresta madura, fauna ameaçada e nascentes mal protegidas entram na mira da especulação imobiliária
A tentativa de implantação de um novo loteamento na Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre, acende mais uma vez o alerta sobre os impactos da especulação imobiliária em áreas de preservação ambiental. A região escolhida para o projeto abrange uma porção de Mata Atlântica em estágio avançado de sucessão ecológica, considerada rica em biodiversidade e essencial para o equilíbrio hídrico local.
O Ministério Público apontou três irregularidades graves no empreendimento:
Ocultação da idade da floresta: os responsáveis pelo projeto teriam tentado disfarçar a maturidade da vegetação, subestimando sua importância ecológica.
Estudos falhos sobre fauna: segundo o MP, os levantamentos realizados ignoraram espécies presentes e não avaliaram corretamente o impacto do afugentamento causado pela obra.
Identificação inadequada das nascentes: as fontes que alimentam o arroio Salso — uma das maiores bacias hidrográficas da cidade, com 92 km² — foram mal mapeadas e protegidas de forma insuficiente.
A justiça suspendeu o andamento da obra, mas ambientalistas e representantes locais como o vereador Leo da Costa que é de Cachoeirinha alertam: a pressão popular precisa continuar. "A gente só preserva aquilo que conhece. Por isso, é essencial que todos saibam o que está acontecendo aqui", afirmou o parlamentar.
A área em questão é estratégica para o abastecimento hídrico da região e serve como refúgio para diversas espécies.
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