Trump culpa esquerda radical por ataque que matou Charlie Kirk
Um ataque a tiros interrompeu um evento na Utah Valley University, no oeste dos Estados Unidos, e resultou na morte do influenciador conservador Charlie Kirk, de 31 anos, na noite de quarta-feira (10). O presidente americano acusou a retórica da "esquerda radical" de incentivar o crime e chamou o aliado de "mártir da verdade". O FBI conduz a investigação e ainda busca o autor dos disparos.
O anúncio oficial foi feito pelo presidente em suas redes sociais. Ele determinou que as bandeiras do país fossem hasteadas a meio-mastro. Lideranças democratas como Barack Obama, Joe Biden e Kamala Harris também condenaram o atentado e a escalada da violência política.
Em mensagem publicada na Truth Social, Donald Trump disse estar "tomado pela dor e pela raiva diante do assassinato brutal de Charlie Kirk".
"Charlie inspirou milhões e, nesta noite, todos que o conheciam e o amavam estão unidos em choque e horror. Ele era um patriota dedicado ao debate aberto e ao país que tanto amava, os Estados Unidos", declarou o presidente.
Consternado, acrescentou: "Charlie também era um homem de fé profunda. E encontramos conforto na certeza de que agora ele está em paz com Deus no céu."
Trump classificou o caso como um marco sombrio e responsabilizou seus adversários políticos. "Há anos, a esquerda radical compara americanos extraordinários como Charlie aos nazistas e aos piores criminosos e assassinos em massa do mundo", disse.
"Esse tipo de retórica é diretamente responsável pelo terrorismo que enfrentamos hoje em nosso país, e isso precisa parar imediatamente", completou.
Violência política em alta?
A morte de Charlie Kirk ocorre em meio a um cenário de ataques políticos cada vez mais frequentes. Meses atrás, dois parlamentares democratas em Minnesota tiveram suas casas invadidas por um atirador, que matou um casal e deixou outra pessoa ferida.
Fundador da organização conservadora Turning Point USA, criada em 2012, aos 18 anos, Kirk transformou o grupo em peça-chave do movimento "Make America Great Again" (MAGA). "É impossível exagerar seu papel dentro da política republicana", afirmou a repórter Antonia Hitchens, da revista The New Yorker.
"Muitos me disseram que só começaram a se engajar politicamente por causa da Turning Point."
Suspeito e investigação
O ataque ocorreu diante de mais de 3 mil pessoas. Imagens divulgadas nas redes sugerem que o disparo pode ter partido do telhado de um dos prédios da universidade. Testemunhas afirmam que o atirador vestia preto e conseguiu escapar.
Repórteres do Deseret News presenciaram a cena. Emma Pitts descreveu: "Parecia uma fonte de sangue saindo do pescoço dele. O corpo ficou mole e os olhos se fecharam." Ela também criticou a ausência de revista nas bolsas dos participantes.
A Utah Valley University anunciou o fechamento do campus até o fim de semana. O FBI e o Departamento de Segurança Pública de Utah estão à frente das investigações. Uma pessoa chegou a ser detida, mas foi liberada após comprovada inocência. Outro suspeito também foi solto, segundo o diretor do FBI, Kash Patel.
"Nossa investigação continua, e novas informações serão divulgadas em nome da transparência", disse Patel em comunicado.
O governador Spencer Cox chamou o crime de "um assassinato político" e pediu que a população rejeite a cultura do ódio.