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Vendas de celulares no Brasil têm queda de 30,7% durante a pandemia

Segundo IDC Brasil, queda foi uma das piores já registradas no setor

8 set 2020 - 15h07
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A combinação entre a pandemia de covid-19 e as flutuações do dólar teve resultado negativo também para o mercado de celulares no Brasil. No segundo trimestre de 2020, período entre abril e junho, as vendas caíram 30,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a consultoria IDC Brasil, foi uma das piores quedas já registradas no setor.

Foram vendidos 9,6 milhões de dispositivos no período - 8,74 milhões de unidades foram comercializadas em canais oficiais de venda e 885 mil no 'mercado cinza', que oferta produtos de origem duvidosa.

Entre os aparelhos vendidos por canais oficiais, 8,35 milhões foram smartphones e 391 mil era feature phones, celulares com recursos mais simples e preços mais baixos. As duas categorias sofreram queda - o tombo foi de 31,1% para os smartphones e 54% para os feature phones. A venda de smartphones no mercado cinza foi a única que registrou alta: 8,3% (ou 790 mil aparelhos). Os features phones também tiveram forte queda no mercado cinza: 51,1% (ou 95 mil unidades).

"No início do ano tínhamos um cenário favorável, mas a pandemia afetou praticamente todos os setores e não foi diferente com o mercado de celulares, que sofreu com a falta de componentes provenientes da China e com o aumento de preços devido às flutuações cambiais", disse em nota Renato Meireles, analista do IDC Brasil.

Nos canais oficiais, o preço médio do smartphone foi de R$ 1.539, alta no ano de 22,9% - no mercado cinza, o valor médio foi de R$ 1.727, alta de 36,2%. Em comparação ao trimestre anterior, o valor médio também subiu: a marca era de R$ 1.476.

Dessa maneira, a queda na receita não foi tão grande quanto no volume: 8,5% ou R$ 14,84 bilhões, contabilizando vendas nos canais oficiais e no mercado cinza. Para o terceiro trimestre de 2020, a consultoria prevê uma retomada das vendas. "A reabertura das lojas físicas é muito importante para a retomada das vendas de celular e a tendência é de diminuição dos índices de queda nas vendas. A categoria deve acompanhar os indicadores macroeconômicos que projetam melhorias do PIB e também ser favorecida pelo auxílio emergencial estendido até dezembro", afirmou Meireles.

Estadão
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