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Projetor de imagens 3D cria robô com expressão facial humana

11 nov 2011 - 11h16
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Pesquisadores alemães e japoneses decidiram olhar para a ideia de "robô com expressões humanas" por outro ângulo, e estão desenvolvendo o conceito de Mask-bot. A ideia é que em vez de ter componentes que se movimentem como "músculos" sob uma pele protética como o rosto de uma pessoa, a face artificial exiba imagens geradas por uma projeção em 3D, segundo o Gizmag.

Pesquisadores projetam imagens 3D em movimento para criar expressões humanas em rosto robótico, composto de uma máscara de plástico translúcido de um projetor
Pesquisadores projetam imagens 3D em movimento para criar expressões humanas em rosto robótico, composto de uma máscara de plástico translúcido de um projetor
Foto: Divulgação

A cabeça tridimensional é projeta por trás de uma máscara de plástico translúcido. Quem observa o rosto robótico não apenas percebe expressões de diversos ângulos, como elas também podem mudar em tempo real. O aparelho de alta compressão que emite a imagem tem lente x0.25 olho de peixe e fica a apenas 12 cm da máscara, sendo acoplado a um adaptador macro.

Takaaki Kuratate, um dos pesquisadores envolvidos no projeto, compara a técnica à usada pela Disney na Mansão Assombrada, em que as feições dos monstros são projetadas sobre esculturas no trajeto no brinquedo. Como, no caso do robô, a imagem é projetada por trás da máscara, os desenvolvedores tiveram de revestir a máscara robótica com uma pintura luminosa, permitindo que o rosto artificial feito de luz fosse visto em ambientes bem iluminados. Para a mesma finalidade, o projetor usado teve de ser criado em formato pequeno, mas com lâmpada de grande intensidade.

Outro desafio da equipe foi projetar uma imagem em movimento, em vez de uma foto estática, sem a necessidade de obrigatoriamente ter um vídeo com uma pessoa (humana) falando. Para isso, os estudiosos usaram um programa que transforma imagens de duas dimensões em 3D, e que coloca esta última no tamanho da cabeça robótica. Daí em diante, é trabalho dos algoritmos criar expressões e voz ao robô.

O rosto artificial criado por Kuratate e seus colegas utiliza uma biblioteca de expressões faciais coletadas de pessoas com um sistema de captura de movimentos, e combina os dados para exibir a imagem que mais condiz com o som ou o fonema que está sendo falado. A tecnologia mapeia coordenadas das faces do banco de expressões e seleciona as informações que são comuns em todos os exemplos colhidos. Outro software cria as nuances expressivas que permitem saber se o robô está triste ou feliz.

Na fase atual da pesquisa, o rosto mecânico só responde a estímulos auditivos, ou seja, quando alguém fala com ele, e suas afirmações são restritas a uma sequência de programação. O robô também consegue reproduzir, de forma bastante natural, textos digitados em inglês e japonês - com o alemão devendo atingir o mesmo estágio em breve. Ao toque de um botão, a voz pode ser feminina ou masculina, baixa ou alta, alegre ou desanimada.

Ainda que a tecnologia possa permitir que robôs tenham, no futuro, rostos e expressões humanas, os pesquisadores afirmam que ela deve sair dos laboratórios, antes, para ajudar em videoconferências. "Usualmente, os participantes de eventos aparecem nas telas de projeção, mas com a Mask-bot é possível criar uma réplica real da pessoa, que efetivamente senta e conversa com você durante uma conferência", afirma Kuratate. A parte plástica das máscaras robóticas, continua, poderiam ser padrões, para rostos femininos e masculinos, ou feitas sob medida. O sistema também dos robôs com rostos e expressões humanos poderiam ser utilizados para acompanhar idosos, por exemplo.

O próximo passo da pesquisa, a Mask-bot 2, já está em andamento e consiste em coordenar o rosto robótico, o projetor e o sistema de controle em um robô móvel - mais ou menos como juntar a cabeça ao corpo da máquina autônomo. O primeiro modelo de face artificial custava cerca de US$ 4.125, e a previsão é de que a próxima chegue a apenas US$ 550.

O projeto é uma colaboração do Centro de Excelência em Cognição para Sistemas Técnicos (CoTeSys) da Universidade Técnica de Munique (TUM), na Alemanha, e o Instituto Nacional Japonês de Ciência e Tecnologia Industriais Avançadas (AIST). Para ver o rosto robótico falando, acesse este atalho: http://bit.ly/u7kElK

Fonte: Terra
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