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Kremlin considera "preconceito" medidas do Twitter contra mídia russa

27 out 2017 - 11h18
(atualizado às 12h33)
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A proibição do Twitter a anúncios da mídia russa foi motivada pelos "preconceitos profundos" de Washington contra Moscou, e estabelece um precedente preocupante para a empresa ao tratar clientes de forma desigual, disse o Kremlin nesta sexta-feira.

Porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em coletiva de imprensa, em Moscou 27/04/2017 REUTERS/Sergei Karpukhin
Porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em coletiva de imprensa, em Moscou 27/04/2017 REUTERS/Sergei Karpukhin
Foto: Reuters

O Twitter acusou os meios de comunicação russos Rússia Today (RT) e Sputnik, na quinta-feira, de interferirem nas eleições norte-americanas de 2016 e os proibiu de comprar anúncios em sua plataforma, depois de críticas dos Estados Unidos de que o Twitter não havia feito o suficiente para impedir a intromissão internacional.

"Lamentamos que, em primeiro lugar, esta empresa (Twitter) seja provavelmente vítima de preconceitos profundos sobre nossos meios de comunicação de massa", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em entrevista coletiva com repórteres.

"Também lamentamos que a empresa esteja realmente criando um precedente de tratamento desigual de seus clientes que ... provavelmente alerta e preocupa outros usuários dessa rede".

Em abril, a Reuters informou que o Russia Today e o Sputnik faziam parte do plano do presidente russo, Vladimir Putin, para influenciar as eleições presidenciais dos Estados Unidos a favor de Donald Trump e minar a confiança dos eleitores no sistema eleitoral norte-americano, de acordo com três atuais e quatro ex-funcionários do governo dos EUA.

O Kremlin negou veementemente as acusações de interferir em pesquisas.

"Ainda esperamos que a empresa considere necessário analisar detalhadamente essa situação e, no final, chegará à conclusão de que o trabalho de mídia de massa livre, da qual o Russia Today e o Sputnik certamente faz parte, não deve, de modo algum, ser classificado como influenciador do processo eleitoral norte-americano ou de qualquer outro país", disse Peskov.

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