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Juíza dos EUA suspende decisão de Trump de banir WeChat

Aplicativo chinês não poderia ser baixado em território americano a partir deste domingo; medida havia sito determinada por Trump em meio à guerra diplomática entre Washington e Pequim

20 set 2020 - 13h09
(atualizado às 19h04)
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Uma juíza dos Estados Unidos suspendeu a decisão do governo de Donald Trump de proibir downloads no território americano do WeChat, aplicativo chinês de mensagens, semelhante ao WhatsApp.

A proibição entraria em vigor neste domingo, 20, e havia sido determinada em meio à guerra diplomática entre Estados Unidos e China. Trump alega que os aplicativos chineses WeChat e TikTok ameaçam a segurança nacional.

A decisão da juíza Laurel Beeler, de São Francisco, atendeu a um pedido feito por usuários do WeChat. Segundo ela, "o interesse do governo na segurança nacional certamente é significativo. Mas, embora o governo tenha estabelecido que as atividades da China levantam preocupações de segurança nacional significativas, ele apresentou escassas evidências de que o banimento do WeChat para todos os usuários dos EUA resolveria a questão".

O WeChat tem cerca de 19 milhões de usuários ativos diários nos Estados Unidos, segundo dados da empresa Apptopia do início de agosto. Ele é popular entre estudantes chineses, americanos que vivem na China e alguns americanos que têm relacionamentos pessoais e corporativos com chineses.

Banimento do TikTok também é adiado

O TikTok, outro aplicativo chinês que seria proibido a partir deste domingo nos EUA, também conseguiu adiar o banimento. Neste sábado, 19, Trump afirmou ter aprovado um acordo para a Oracle comprar uma participação minoritária do TikTok, de acordo com a agência de notícias Bloomberg. "Eu dei minha bênção ao negócio. Se eles conseguirem, é ótimo. Se não o fizerem, tudo bem também", disse Trump a jornalistas. "Eu aprovei o conceito do acordo ".

O negócio entre as empresas é uma resposta a um decreto do presidente assinado no início de agosto, que proibiu transações no país com os proprietários chineses do TikTok. O governo americano deu o prazo de até 12 de novembro para a ByteDance, dona do app, firmar um acordo para a venda de suas operações nos EUA.

A nova companhia se chamará TikTok Global, afirmou Trump. Segundo os termos do acordo entre as duas empresas, a Bytedance manterá a maioria dos ativos do TikTok, enquanto a gigante americana de software Oracle seria a "parceira tecnológica" do aplicativo nos Estados Unidos, responsável por hospedar todos os dados de usuários dos EUA. De acordo com o TikTok, a Oracle e também o Walmart participarão de uma rodada de financiamento pré-IPO da TikTok Global, na qual podem assumir uma participação cumulativa de até 20% na empresa. O negócio, porém, ainda depende da aprovação formal do Comitê de Investimento Estrangeiro dos Estados Unidos. / COM REUTERS

Estadão
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