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'Essenciais', startups devem seguir em home office

Empresas ouvidas pelo Estado dizem que vão seguir o distanciamento social e não têm planos de retomada a curtíssimo prazo

29 abr 2020 - 14h37
(atualizado às 14h48)
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Na manhã desta quarta-feira, 29, as atividades exercidas por startups foram consideradas "essenciais" pelo presidente Jair Bolsonaro, segundo decreto publicado no Diário Oficial da União (DOU). Isso significa que as empresas teriam o poder de regressar a seus escritórios, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus, se essa for a ordem dada por Estados e municípios. Mas, segundo startups ouvidas pelo jornal O Estado de S. Paulo, o plano é de que os funcionários continuem trabalhando de suas casas até que seja seguro para todos sair de casa.

Com mais de 2,7 mil funcionários, o Nubank afirmou em nota "não ter planos de retorno ao escritório no curtíssimo prazo". Funcionando remotamente desde o dia 12 de março, a empresa diz seguir as recomendações da Organização Mundial da Saúde. Também por meio de nota, o QuintoAndar afirmou que vai "manter seus times em trabalho remoto" - a startup, que teve de fazer um corte de 8% em suas vagas nas últimas semanas, tem hoje cerca de mil funcionários.

Já a Loft, que tem cerca de 500 pessoas em seu time - boa parte delas, alocadas antes da pandemia em um escritório na região da Avenida Paulista, em São Paulo - afirmou que "aguarda as orientações do governo do Estado de São Paulo para executar seu plano de retomada gradual e protegida do trabalho coletivo".

Também em nota, a empresa disse que só retomará o trabalho quado as autoridades estaduais autorizarem, restringindo a presença de funcionários a 50% da ocupação do escritório. Unicórnio desde janeiro, a Loft também disse que pretende medir a temperatura dos funcionários, fazer uso obrigatório de máscaras, bem como testes para saber se há alguém doente. A empresa também vai proibir que funcionários de grupo de risco retornem ao escritório.

Procurada pelo Estado, a assessoria de imprensa do Google Campus, espaço de inovação que reúne startups em programas de aceleração e impacto, localizado na zona sul da capital paulista, informou que nada muda com o decreto no Diário Oficial desta quarta-feira.

Além disso, fontes do mercado do ecossistema de startups que preferiram não se identificar avaliam que a medida deve ter pouco impacto na atividade do setor, uma vez que, por serem empresas de tecnologia, as startups se adaptaram bem ao sistema de trabalho remoto - muitas delas, inclusive, já tinham esse tipo de funcionamento mesmo antes da crise da pandemia do novo coronavírus.

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