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Estudo mostra que vídeos com crianças atraem mais audiência no YouTube

25 jul 2019 - 17h46
(atualizado às 18h11)
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Vídeos do YouTube com crianças pequenas atraíram quase o triplo da audiência média de outros conteúdos, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira que forneceu munição para defensores da infância que querem que a Alphabet tome medidas mais agressivas para tornar seu serviço de vídeos mais seguro para as crianças.

YouTuber Ryan ToysReview, uma das estrelas mirins da rede de compartilhamento de vídeos 
23/03/2019
REUTERS/Danny Moloshok
YouTuber Ryan ToysReview, uma das estrelas mirins da rede de compartilhamento de vídeos 23/03/2019 REUTERS/Danny Moloshok
Foto: Reuters

O Centro de Pesquisas Pew informou que suas descobertas mostram que os vídeos com participação de crianças ou com conteúdo infantil estão entre os conteúdos mais populares do YouTube, atraindo um público desproporcional em relação ao número de vídeos postado.

Legisladores e grupos de pais criticaram o YouTube nos últimos anos, dizendo que fez menos do que deveria para proteger a privacidade de menores.

Os grupos reclamaram que a empresa "não só ganhou uma grande quantia de dinheiro usando informações pessoais de crianças" como "lucrou com a receita publicitária de anúncios em canais do YouTube que são assistidos por crianças".

Outros grupos pediram que o YouTube tome mais medidas para bloquear o acesso a conteúdo impróprio e impedir que predadores acessem vídeos que possam permitir a sexualização de menores. As queixas também levaram o YouTube a introduzir punições para os pais que publicarem vídeos nos quais as crianças são colocadas em situações perigosas.

Pesquisadores da Pew disseram em um relatório que eles usaram ferramentas automatizadas e recursos humanos para analisar a atividade durante a primeira semana de 2019 em cerca de 44 mil canais do YouTube com mais de 250 mil seguidores.

Apenas 2% dos 243 mil vídeos que os canais publicaram naquela semana apresentaram pelo menos um indivíduo que parecia ter menos de 13 anos de idade para os analistas humanos. Mas este pequeno conjunto recebeu uma média de 298 mil visualizações, em comparação com 97 mil para vídeos sem crianças, de acordo com o relatório.

O YouTube disse que não poderia comentar sobre os métodos de pesquisa ou resultados da Pew. Reafirmou que as categorias mais populares são comédia, música, esportes e tutoriais.

"Sempre fomos claros que o YouTube nunca foi para pessoas com menos de 13 anos", acrescentou a empresa.

As políticas do YouTube proíbem que crianças com menos de 13 anos usem seu serviço principal e, em vez disso, as direcionam para seu aplicativo YouTube Kids, que possui curadoria. Mas muitos pais usam o serviço principal do YouTube para entreter ou educar crianças, descobriu outra pesquisa.

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