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Milhares de suecos já usam chips subcutâneos no lugar de cartões e chaves

14 mai 2018 - 19h18
(atualizado em 15/5/2018 às 14h30)
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Quantas vezes você já enfrentou problemas como esquecer a carteira, perder as chaves ou mesmo esquecer de colocar o cartão de transporte na bolsa? Essas dores de cabeça contemporâneas, por mais corriqueiras que sejam, não farão parte do futuro. E já não fazem parte do presente de mais de 3 mil cidadãos suecos, que optaram por implantar microchips em seus corpos.

Os pequenos dispositivos de silício são do tamanho de um grão de arroz e funcionam com a tecnologia NFC, que permite envio de informações sem fio a uma pequena distância de 4 cm. Também há chips que funcionam sob a tecnologia RFID, por identificação de frequências de rádio. Em um procedimento tão rápido quanto perfurar um brinco, os chips geralmente são implantados nas mãos, entre as bases dos dedos polegar e indicador, permitindo que seus usuários substituam o uso de cartões e chaves pelas informações contidas no chip.

O chip (à direita) é inserido com esta agulha especial (Foto: The Independent)
O chip (à direita) é inserido com esta agulha especial (Foto: The Independent)
Foto: Canaltech

Na Suécia, desde 2015 até o presente, mais de 3 mil inserções foram realizadas. Ao contrário do que se pensa, não são entusiastas da contracultura hacker que costumam aderir aos microchips, mas sim cidadãos comuns. Funcionários de empresas recebem implantes que dão acesso aos locais de trabalho sem a necessidade de portar chaves, por exemplo. Até mesmo a companhia estatal de transportes SJ aderiu, desde junho de 2017, à inovação, e hoje conta com funcionários que cobram as passagens dos cidadãos suecos durante a viagem, escaneando os chips em suas mãos. Mais de 130 usuários do sistema de trens da SJ utilizam os chips ao invés dos bilhetes físicos.

Dentre esses 3 mil cidadãos suecos que possuem implantes, está Ulrika Celsing, funcionária de 28 anos de idade da agência de mídia Mindshare, que com um simples aceno manual consegue abrir as portas do seu local de trabalho. "Foi divertido tentar algo novo e ver o que poderia ser usado para tornar a vida mais fácil no futuro", disse. Segundo ela, que possui o implante há um ano, as facilidades foram tantas que até mesmo a carteirinha da academia foi substituída por informações que ela carrega em seu chip subcutâneo.

Leitura do chip subcutâneo com um smartphone (Foto: The Independent)
Leitura do chip subcutâneo com um smartphone (Foto: The Independent)
Foto: Canaltech

Apesar da praticidade e facilidade do implante, algumas preocupações são presentes quando se fala da substituição de cartões e chaves por chips instalados debaixo de nossas peles. A primeira delas diz respeito à obsolescência dos dispositivos. Basta observar como o avanço tecnológico fez com que os celulares e computadores mudassem imensamente nos últimos dez anos, com maiores armazenamentos e diferentes usos. Se o mesmo acontecer com os chips, talvez não seja tão prático substituir, de tempos em tempos, algo que está instalado dentro do seu corpo.

A segunda preocupação, entretanto, é com a segurança dos dados que estão guardados nos dispositivos subcutâneos. Quando os implantes forem comumente usados para pagamentos, como já ocorre em alguns estabelecimentos, será que as informações bancárias estarão seguras?

Canaltech Canaltech
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