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Amazon estaria vendendo sua tecnologia de reconhecimento facial para policiais

22 mai 2018 - 14h10
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A Amazon se tornou a mais nova empresa a se envolver em uma polêmica sobre privacidade. A companhia está sendo acusada de vender a Rekognition, sua perturbadora tecnologia de reconhecimento facial baseada em machine learning, para autoridades e forças policiais ao redor do mundo inteiro. As alegações partem de grupos de ativismo como a União Americana pelas Liberdades Civis (American Civil Liberties Union ou ACLU).

Reconhecimento facial
Reconhecimento facial
Foto: Reprodução / Canaltech

De acordo com a entidade, existem provas de que a empresa está "ajudando ativamente" órgãos governamentais que podem usar tal produto de forma invasiva. Um dos supostos clientes seria a polícia da cidade de Oregon, nos próprios EUA, que estaria fechando a compra da Rekognition para utilizá-la em câmeras de vigilância na identificação de "pessoas de interesse" — algo semelhante ao que acontece lá na China.

A maior preocupação dos ativistas é em relação ao possível abuso dessa tecnologia, que poderia ser usada para identificar e coibir protestantes, dissidentes e imigrantes (ilegais ou não), abrindo portas para eventuais casos de preconceito e infrações aos direitos humanos. Os grupos pedem que a Amazon cesse todas as negociações em andamento que envolvam a venda da Rekognition para órgãos públicos.

Em um comunicado, a companhia evitou responder diretamente às questões levantadas pelas ONGs, mas afirmou que cessará o acesso à tecnologia caso identifique abuso por parte dos compradores. A empresa também tentou contornar a situação citando usos benéficos da plataforma, como localização de crianças perdidas em espaços movimentados.

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