PUBLICIDADE

Bolsa de bitcoins Bithumb diz que regulamentação "correta" na Coreia do Sul impulsionará mercado

12 dez 2017 - 12h34
(atualizado às 12h58)
Compartilhar
Exibir comentários

A operadora bolsa de moedas virtuais mais movimentada do mundo, a sul-coreana Bithumb, disse nesta terça-feira que vai cumprir todas as regras que eventualmente o governo de Seul venha a impor e que se capitalizará adequadamente para proteger seus clientes.

Tokens de Bitcoin são vistos em foto ilustrativa
8/12/2017 REUTERS/Benoit Tessier/Illustration
Tokens de Bitcoin são vistos em foto ilustrativa 8/12/2017 REUTERS/Benoit Tessier/Illustration
Foto: Reuters

A BTC Korea.Com também disse à Reuters que irá "cooperar ativamente para construir um conjunto certo de regras", o que pode incluir passos como identificação correta de seus clientes pelos verdadeiros nomes.

"O conjunto correto de regras vai incentivar o mercado (de moedas virtuais), e nós gostamos disso", disse a Bithumb em um email respondendo à questões da Reuters, acrescentando que tal código de conduta pode acrescentar legitimidade ao mercado.

Atualmente, qualquer pessoa que tenha um celular em seu próprio nome e uma conta bancária pode se inscrever e negociar via Bithumb.

Os comentários aconteceram um dia após o bitcoin ter atingido máxima recorde de 17.270 dólares na bolsa Bitstamp, sediada em Luxemburgo, apesar de questões sobre o real valor da criptomoeda e preocupações sobre uma perigosa bolha.

Embora tenha sido o maior operador mundial de moedas virtuais em novembro pelo volume de negócios e a Coreia do Sul está entre os maiores mercados de bitcoins do mundo, a BTC Korea.Com manteve uma postura discreta desde o lançamento de Bithumb em 2014 e há pouco informação disponível sobre ela.

Atraídos pela valorização explosiva do bitcoin de mais de 15 vezes este ano, os sul-coreanos comuns --de donas de casa a estudantes universitários e funcionários do governo-- correram para os aplicativos de bolsas de troca de moedas virtuais, como a Bithumb, na esperança de obter um lucro rápido, apesar dos avisos do governo.

Após os preços do bitcoin terem subido 21 por cento em uma semana no mês passado, o primeiro-ministro Lee Nak-yeon disse que está na hora de o governo agir, uma vez que "um fenômeno patológico sério" pode acontecer se não houver controle.

O ministro das Finanças disse na segunda-feira que os ministros estão conversando para decidir se essas negócios podem ser regulados, enquanto o chefe do regulador financeiro disse que algumas autoridades do Ministério da Justiça estão pedindo a proibição da negociação de criptomoedas, embora nada tenha sido decidido ainda em termos de regulamentação do mercado.

Com sede no distrito de Gangnam, em Seul, a BTC Korea.Com revelou pouco sobre sua plataforma de negociação Bithumb ou seu fundador, Kim Dae-shik.

Perguntada se a regulamentação iminente restringiria o boom das moedas virtuais, a empresa disse que "a tendência é irreversível e "vemos o fluxo de dinheiro saindo dos mercados de ações para o mercado de moedas virtuais".

A Coreia do Sul respondeu por 15 por cento das negociações mundiais de bitcoin nas últimas 24 horas em bolsas que cobram taxas, de acordo com a Coinmarketcap.com. Isso é bem acima do tamanho de sua economia de cerca de 2 por cento da produção global.

     Em alguns dias, o volume diário de bitcoins superou o índice de ações Kosdaq de small-caps, que tem um valor de mercado de 271 trilhões de wons (248,6 bilhões de dólares), de acordo com o governo.

Dado que a maioria dos cassinos da Coreia do Sul é apenas para visitantes estrangeiros, um apetite reprimido por jogos de azar provavelmente desempenhou um papel na mania por bitcoin, diz Park Nok-sun, analista de criptomoedas da NH Investment & Securities.

     "O fato de que qualquer um pode começar a negociar com pouco dinheiro e a falta de lugares de apostas voláteis ajudou o mercado a virar na Coreia", disse Park.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade