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Amazon atinge US$ 1 trilhão em valor de mercado

Empresa segue o caminho da Apple e se torna segunda empresa americana a alcançar marca histórica

4 set 2018 - 13h56
(atualizado às 15h27)
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A varejista americana Amazon tornou-se nesta terça-feira, 4, a segunda empresa dos Estados Unidos a atingir a marca de US$ 1 trilhão em valor de mercado, apenas algumas semanas depois que a Apple alcançou o mesmo patamar em 2 de agosto.

A empresa ultrapassou a marca quando suas ações atingiram o valor de US$ 2.050,27, por volta de 11h30 da manhã (horário de Brasília), fazendo-a totalizar o valor trilionário.

A varejista americana Amazon tornou-se nesta terça-feira, 4, a segunda empresa dos Estados Unidos a atingir a marca de US$ 1 trilhão em valor de mercado
A varejista americana Amazon tornou-se nesta terça-feira, 4, a segunda empresa dos Estados Unidos a atingir a marca de US$ 1 trilhão em valor de mercado
Foto: Reuters

Ao contrário da Apple, que teve um crescimento sustentado ao longo do tempo, as ações da empresa tiveram crescimento vertiginoso nos últimos meses, chegando a dobrar seu preço em menos de 10 meses - em outubro de 2017, elas cruzaram a marca de US$ 1 mil pela primeira vez. De janeiro para cá, as ações da Amazon subiram 74%.

Trajetória 

Fundada em 1994, em Seattle, por Jeff Bezos, a Amazon nasceu como uma loja de livros pela internet. Em pouco tempo, se expandiu nos Estados Unidos a ponto de se tornar conhecida como "a loja de tudo". Vender produtos, no entanto, é apenas uma das facetas que ajudou a empresa a alcançar a nova marca.

Mais que isso: para analistas, é bem possível que ela supere o valor de mercado da Apple muito em breve. A empresa criada por Steve Jobs demorou 38 anos, como companhia de capital aberto, para se tornar "trilionária". Já a Amazon levou apenas 21 anos. Além disso, enquanto o sucesso da Apple se deve ao iPhone, a Amazon tem uma miríade de fontes de receita.

A principal delas, é claro, é o varejo online: hoje, a Amazon ganha US$ 0,49 de cada dólar vendido pela internet nos EUA. Tem 550 mil funcionários e fatura US$ 178 bilhões anualmente. Mais que isso, ela alterou a dinâmica de como as pessoas compram, cada vez mais virtualmente e menos em lojas de tijolo.

A empresa também tem serviços de streaming - de vídeo e de música -, além de ser dona da cadeia de supermercados Whole Foods. A jóia da coroa, porém, são os serviços de nuvem Amazon Web Services, que ajudaram a empresa a começar a demonstrar lucro para seus acionistas. Só no último trimestre, a unidade de nuvem gerou 55% do lucro e 20% da receita da empresa.

Esta, aliás, é uma das principais marcas da Amazon: desde que foi listada em Wall Street em 1997, a empresa nunca prometeu dar dividendos aos investidores. O que era ganho seria reinvestido em novas tecnologias - e é assim que a companhia de Jeff Bezos se tornou dinâmica, sendo também uma potência em áreas como inteligência artificial, com a assistene pessoal Alexa.

"A Amazon é mais dinâmica que a Apple. O serviço de nuvem da Amazon é o tipo de negócio com crescimento extra que a Apple não tem", disse Daniel Morgan, gerente de portfólio da Synovus Trust, à agência de notícias Reuters.

Veja também:

SP: Amazon negocia compra direta de mercadorias para revenda:
Estadão
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