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Site identifica segundo acusado no caso Skripal como agente russo

9 out 2018 - 13h20
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Também o outro acusado de tentar matar ex-espião e sua filha é um agente do serviço secreto militar da Rússia e condecorado por Putin, afirma organização. Kremlin não comenta denúncia.A organização de jornalismo investigativo Bellingcat afirmou nesta terça-feira (09/10) ter identificado o segundo suspeito da tentativa de assassinato do ex-espião russo Serguei Skripal e de sua filha no Reino Unido como sendo o médico militar Alexander Mishkin, que trabalha para a agência de inteligência militar russa GRU.

A Bellingrad divulgou fotografias usadas na tentativa de identificação do suspeito
A Bellingrad divulgou fotografias usadas na tentativa de identificação do suspeito
Foto: DW / Deutsche Welle

Mishkin teria sido pessoalmente condecorado herói pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, em 2014, após participar de operações na Ucrânia, e estaria agora usando o nome Alexander Petrov como identidade falsa.

Moradores do vilarejo de Loyga, onde Mishkin nasceu, teriam confirmado à organização que a avó de Mishkin tem uma foto em que Putin concede uma medalha ao neto, recebida junto com a condecoração de Herói da Rússia.

A Bellingcat afirmou ainda que chegou às conclusões apresentadas nesta terça-feira a partir da análise de uma fotografia do passaporte de Alexander Petrov, de imagens de câmeras de segurança e do vídeo da entrevista dada pelos suspeitos à emissora russa RT.

A Bellingcat afirmou que Mishkin teria sido recrutado pela GRU antes de 2003 e se mudado para Moscou antes de 2010, onde adotou uma identidade falsa.

No fim de setembro, a Bellingcat identificou o outro suspeito da tentativa de assassinato dos Skripal como sendo Anatoliy Chepiga, um coronel altamente condecorado da GRU. Ele era anteriormente identificado pela imprensa britânica como Ruslan Boshirov e também teria recebido a honraria da Rússia em uma cerimônia secreta no Kremlin.

O Kremlin não quis comentar as novas informações. O porta-voz de Putin, Dmitry Peskov, acusou o Reino Unido de obstruir um pedido da Rússia para que detalhes da investigação fossem divulgados.

Em setembro, os dois suspeitos apareceram na RT para negar as acusações do Reino Unido de que teriam tentado envenenar Skripal e sua filha Yulia com um agente nervoso em março na cidade de Salisbury. Os homens afirmaram que faziam apenas turismo no local.

O incidente provocou uma crise diplomática entre Moscou e Londres, que denunciou os homens como agentes da inteligência militar russa. De acordo com o governo britânico, eles teriam sido enviados para matar Skripal, um ex-espião russo que teria repassado informações à inteligência britânica. Skripal foi preso na Rússia antes de ser libertado em uma troca de espiões, em 2010.

PJ/afp/ap/ots

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