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Quem são as idosas dos ataques de 8 de janeiro que perderam o direito à prisão domiciliar?

21 jul 2025 - 15h56
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Duas mulheres com mais de 70 anos, condenadas por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, perderam o direito à prisão domiciliar e voltaram a ser alvo de mandados de prisão. O motivo foi o descumprimento repetido das regras impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), incluindo saídas sem autorização e falhas no uso da tornozeleira eletrônica.

Vildete Guardia, 73 anos, e Iraci Nagoshi, 72 anos, participaram dos atos do 8 de janeiro. Nos autos do processo, não há provas de participação nos atos de vandalismo
Vildete Guardia, 73 anos, e Iraci Nagoshi, 72 anos, participaram dos atos do 8 de janeiro. Nos autos do processo, não há provas de participação nos atos de vandalismo
Foto: Arquivo pessoal / Perfil Brasil

Prisão de idosas levanta debate sobre monitoramento e falhas no sistema

Iraci Megumi Nagoshi, de 72 anos, teve a prisão domiciliar concedida em junho de 2024, após sofrer uma fratura no fêmur. No entanto, relatórios da Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo apontam que, entre abril e julho de 2025, ela violou os limites de deslocamento em centenas de ocasiões. Em 2 de junho, foram 40 falhas; no dia 11 de julho, outras 42.

A defesa afirma que os deslocamentos estavam ligados a sessões de fisioterapia, pilates e consultas médicas, todas na rede pública. Mas o ministro do STF, Alexandre de Moraes, não acatou os argumentos. Para ele, "essas circunstâncias por si sós evidenciam o desprezo da reeducanda pela pena imposta e pelo próprio sistema jurídico, pois não respeita as normas e não cumpre as decisões judiciais". O filho da idosa, Newton Nagoshi, afirma que ela precisa de autorização até mesmo para ir ao médico e que os números apresentados são "absurdos".

No caso de Vildete Ferreira da Silva Guardia, de 74 anos, os registros indicam 21 dias com falhas graves, como ausência de sinal de GPS, bateria descarregada e saídas da área de inclusão. A defesa dela também nega má-fé e alega que as movimentações foram motivadas por tratamentos médicos urgentes. Laudos apontam múltiplos problemas de saúde, incluindo trombose, hérnia e um tumor que exigiria cirurgia.

"Não há qualquer justificativa para os descumprimentos ocorridos nos dias, 3/6/2024, 4/6/2025, 7/6/2025, 8/6/2025, 11/6/2025, 12/6/2025, 13/6/2025, 14/6/2025, 15/6/2025 e 16/6/2025", registrou Moraes em sua decisão, publicada em 16 de julho. Mesmo com o pedido de reconsideração, o STF manteve a ordem de retorno ao regime fechado.

As duas mulheres haviam sido condenadas por crimes relacionados à invasão e depredação das sedes dos Três Poderes. Iraci recebeu pena de 14 anos; Vildete, de 11. A Procuradoria-Geral da República (PGR) ainda avalia, no caso de Vildete, se o quadro clínico é compatível com a permanência em prisão.

Perfil Brasil
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