Quem é a esposa de Moraes que Trump quer sancionar com a Lei Magnitsky?
A advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, passou a ser alvo de possíveis sanções por parte do governo norte-americano. A iniciativa parte do ex-presidente Donald Trump, que pressiona a Casa Branca a aplicar a chamada Lei Magnitsky contra pessoas ligadas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida surge em reação à ordem de prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL), determinada por Moraes em julho.
Viviane é formada em Direito pela Universidade Paulista (UNIP) e lidera o escritório Barci de Moraes Sociedade de Advogados, sediado em São Paulo. Dois dos três filhos que tem com o ministro aparecem como sócios na firma. Segundo registros, o escritório representa o Banco Master em algumas ações, mas os valores e a natureza dos contratos não são divulgados. De acordo com o jornal O Globo, não há processos em tramitação no STF nos quais Viviane atue como advogada do banco.
Qual é o papel de Viviane nas finanças da família Moraes?
Em entrevista ao portal Metrópoles, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) afirmou que a advogada atua como "braço financeiro" do marido. Segundo ele, a inclusão de Viviane na lista de sanções do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (Ofac), dos Estados Unidos, está sendo avaliada. A sanção, se confirmada, impediria o escritório dela de manter contratos com cidadãos, empresas ou instituições ligadas aos Estados Unidos.
"O próprio relógio que ele utiliza, de um padrão de altíssimo luxo, demonstra que não sobrevive apenas com o seu salário. E essa renda vem da sua esposa Viviane", declarou o deputado.
O Barci de Moraes também foi responsável pela defesa da família de Alexandre de Moraes durante a investigação sobre a agressão sofrida pelo ministro em um aeroporto de Roma, em 2023. Além disso, Viviane atua em ao menos 30 processos públicos no Supremo, embora nenhum envolva diretamente o Banco Master.
A avaliação de autoridades americanas é que sancionar a advogada seria uma forma de atingir, indiretamente, o ministro do STF, ampliando os efeitos da Lei Magnitsky, voltada a punir violações de direitos humanos e corrupção internacional.
