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Proteste encontra bactérias após teste com 26 amostras de carne

5 mai 2017 - 14h28
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No último mês a PROTESTE - Associação de Consumidores - realizou um teste em 26 amostras de carnes bovinas, embutidos e cortes de frango, coletados em redes de supermercado localizadas no estado de São Paulo. O teste foi feito com o objetivo de avaliar se os produtos comercializados em diversos estabelecimentos também apresentavam as inconformidades citadas na "Operação Carne Fraca" da Polícia Federal.

Foto: DINO

Foram coletadas amostras dos seguintes produtos: carne bovina (contrafilé, fraldinha e picanha); linguiça suína; salsicha; mortadela e filé de peito de frango, considerando inclusive alguns dos frigoríficos sob investigação.

(anexo 1)

O Brasil é reconhecido mundialmente como um dos maiores produtores de carne, possuindo o maior rebanho comercial do mundo: aproximadamente 254 milhões de cabeças de gado, o que faz dele o segundo maior produtor e terceiro maior consumidor de carne bovina. Sua vantagem competitiva vem de fatores como produção em escala, alto potencial de crescimento, baixo custo de produção, criação extensiva e a qualidade do produto.

Em março de 2017 foi deflagrada uma operação da Polícia Federal, denominada "Operação Carne Fraca". Sua principal denúncia referia-se a comercialização de carne adulterada no mercado interno e externo, apontando as maiores empresas do ramo — JBS, dona das marcas Seara, Swift, Friboi e Vigor, e a BRF, dona da Sadia e Perdigão.

O escândalo da carne adulterada no Brasil envolve mais de 30 empresas alimentícias do país, acusadas de: comercializar carne estragada, mudar a data de vencimento, maquiar o aspecto e usar produtos químicos supostamente cancerígenos para buscar revenda de carne estragada, além de apontar agentes do governo acusados de liberar estas carnes, segundo o Ministério da Agricultura.

De acordo com os resultados do estudo feito pela PROTESTE, foram identificadas amostras positivas para dois microrganismos: Salmonella sp. e Listeria monocytogenes. Verificamos a presença da Salmonella no contrafilé Friboi (JBS), contrariando a legislação que prevê ausência desse micro-organismo em 25g do produto, sendo considerado impróprio para o consumo humano de acordo com os padrões microbiológicos para carnes in natura, resfriadas ou congeladas de bovinos, suínos e outros mamíferos previstos na RDC 12/2001.

Essa bactéria também havia sido encontrada em três lotes de sete amostras de hambúrgueres da empresa Transmeat avaliada nos testes realizados pelo Ministério da Agricultura.

Encontramos ainda a presença de Listeria monocytogenes em cinco amostras analisadas: contrafilé (Naturafrig), picanha bovina (Fri Alto e Better Beef); fraldinha (Marfrig) e filé de peito de frango (Seara). Apesar de indivíduos saudáveis serem altamente resistentes à infecção por L. monocytogenes, esse patógeno se destaca como objeto de grande preocupação para as agências de saúde pública, pois possui alta taxa de mortalidade (variando entre 20 e 30%), entre os pacientes imunocomprometidos, gestantes, idosos e neonatos.

No Brasil, não existe um limite específico estipulado para L. monocytogenes em produtos cárneos. Alguns países, entretanto, estabeleceram limites legais para o número desse micro-organismo permitido em alimentos, especialmente para os produtos prontos para o consumo. Há um consenso de que as condições satisfatórias incluam a ausência desse micro-organismo em 25g de amostra.

A PROTESTE enviou os resultados do teste à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) exigindo uma maior fiscalização e ao Ministério da Agricultura (Mapa) pedindo mais detalhes sobre todos os produtos coletados, informações de SIF, resultados de todos os produtos avaliados e esclarecimentos sobre quais medidas serão tomadas.

Confira as dicas da PROTESTE para compra de carnes

O ideal é que o consumidor evite o consumo de alimentos ultraprocessados (alimentos que passaram por técnicas e processamentos com alta quantidade de sal, açúcar, gorduras, realçadores de sabor e texturizantes). Ao optar pelo consumo de carnes frescas fica mais fácil identificar se o produto está adequado para o consumo ou não, considerando algumas características. Abaixo informamos alguns cuidados importantes a serem considerados no ato da sua compra:

• Verifique bem as condições da embalagem. Em casos de produtos comercializados a vácuo, veja se não há abertura para entrada de ar;

• Veja se há presença de cristais de gelo. Isto indica possível descongelamento após o congelamento inicial, ou seja: possível falha no sistema de transporte, armazenagem e acondicionamento do produto;

• Verifique as informações de origem do estabelecimento como numeração do SIF ou Inspeção estadual, pois garantem a sanidade do animal bem como o processo de obtenção dos cortes;

• Dados de validade e produção também devem constar de forma legível e sem rasuras;

• Observe se a carne in natura possui microfuros, que pode ser indício de que houve injeção de água no corte ou algum tipo de salmoura, descaracterizando assim o produto;

• Fique atento também aos aspectos sensoriais. Em cortes bovinos a carne deve apresentar cor vermelha brilhante, consistência compacta e firme. Produtos com tom esverdeado e odor não característico devem ser rejeitados;

• A gordura em carnes bovinas deve ser branca ou amarela clara. Tons de amarelo muito forte podem indicar carne dura (devido à idade do animal abatido);

• Carnes maturadas possuem coloração distinta, puxando para o tom marrom, o que não significa que estejam velhas ou impróprias para o consumo.

Caso o consumidor tenha um dos produtos do teste em casa, ele pode contatar o SAC do fabricante e exigir a imediata substituição ou a restituição da quantidade paga, monetariamente atualizada. Para saber se você tem um desses produtos em casa, veja a tabela a baixo e confira se o número do SIF corresponde aos produtos avaliados pela PROTESTE:

(anexo 2)

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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