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Presidente da China diz que iniciativa Cinturão e Rota precisa ser ecológica e sustentável

26 abr 2019 - 08h49
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A Iniciativa do Cinturão e Rota da China precisa ser ecológica e sustentável, disse o presidente Xi Jinping na abertura de uma cúpula sobre a estratégia grandiosa, acrescentando que o plano de infraestrutura e comércio de grande porte trará crescimento de "alta qualidade" para todos.

Presidente chinês, Xi Jinping, durante discurso da Iniciativa do Cinturão e Rota 
26/04/2019
REUTERS/Florence Lo
Presidente chinês, Xi Jinping, durante discurso da Iniciativa do Cinturão e Rota 26/04/2019 REUTERS/Florence Lo
Foto: Reuters

O plano de Xi para reconstruir a antiga Rota da Seda e conectar a China com a Ásia, a Europa e além se tornou alvo de polêmicas porque algumas nações parceiras se queixaram do custo alto dos projetos de infraestrutura.

A China não disse exatamente quanto o plano ambicioso custará, mas algumas estimativas independentes sugerem que pode chegar a vários trilhões de dólares.

Pequim disse várias vezes que não quer prender os países signatários a dívidas e que aproveitará a cúpula desta semana na capital chinesa para abordar estas preocupações e recalibrar a diretriz.

Xi fará um discurso na sexta-feira dizendo que a proteção ambiental precisa ser um pilar da iniciativa "para proteger o lar comum em que moramos".

"Operem no sol e combatam a corrupção juntos, com tolerância zero", disse Xi.

"Construir infraestrutura de alta qualidade, sustentável, resistente a riscos, com preço razoável e inclusiva ajudará os países a utilizar plenamente a riqueza de seus recursos", acrescentou.

À diferença da primeira cúpula de 2017, na qual disse que bancos chineses emprestariam o equivalente a 56,4 bilhões de dólares para apoiar a cooperação na Cinturão e Rota, Xi não apresentou uma cifra para um novo auxílio financeiro -- mas ele fará outro discurso no sábado.

Os governos ocidentais têm se inclinado a ver o plano como uma forma de disseminar a influência chinesa no exterior, sobrecarregando países pobres com dívidas insustentáveis.

Embora a maioria dos projetos da iniciativa continue tal como planejado, alguns foram afetados por mudanças de governo em nações como a Malásia e as Maldivas.

Entre aqueles que foram engavetados por motivos financeiros estão uma usina elétrica no Paquistão e um aeroporto em Serra Leoa, mas Pequim rebateu os críticos dizendo que nenhum país se tornou presa das chamadas "armadilhas de dívida".

De acordo com dados da Refinitiv, o valor total dos projetos está em 3,67 trilhões de dólares e envolve países da Ásia, Europa, África, Oceania e América do Sul.

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