PODE ISSO? Bolsonaro ora com aliados na Câmara e articula reação a medidas recentes do Supremo
Com tornozeleira eletrônica, o ex-presidente Jair Bolsonaro ora com aliados na Câmara e articula reação a medidas recentes do Supremo
Nesta segunda-feira (21), Jair Bolsonaro participou de uma reunião estratégica no gabinete da bancada do PL, na Câmara dos Deputados, em Brasília. O encontro reuniu aproximadamente 50 deputados e dois senadores, entre representantes do PL, Republicanos, PP, PSD, União Brasil e Novo. Antes do início da reunião, o ex-presidente conduziu uma oração coletiva, recitando o Pai Nosso ao lado dos parlamentares, gesto registrado em vídeo e divulgado nas redes sociais pelos presentes.
Organizado pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), o encontro teve como foco discutir ações políticas após as recentes decisões do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que impôs o uso de tornozeleira eletrônica a Bolsonaro e o proibiu de conceder entrevistas, inclusive por meio de terceiros. Durante sua chegada à Câmara, Bolsonaro foi recebido com aplausos e palavras de apoio. Deputados como Marcel Van Hattem, Nikolas Ferreira e Carlos Jordy participaram ativamente das conversas que seguiram a oração inicial.
Durante a reunião, os parlamentares anunciaram a criação de três grupos de trabalho. Um deles será responsável pela comunicação estratégica, outro atuará diretamente nas articulações no Congresso e o terceiro cuidará da realização de ações públicas em defesa de Bolsonaro. O objetivo é contornar as limitações impostas pela Justiça e manter o ex-presidente em evidência perante seus apoiadores. Nesta segunda-feira, a suspensão de uma entrevista ao portal Metrópoles reforçou a necessidade de reorganização das estratégias, já que Bolsonaro está impedido de conceder declarações nas redes sociais.
Mesmo com o recesso parlamentar, os aliados do ex-presidente seguem mobilizados. A bancada bolsonarista planeja continuar suas atividades em comissões controladas pelo PL, como as de Segurança Pública e Relações Exteriores. Nessas frentes, pretendem apresentar moções de apoio a Bolsonaro e reforçar a comunicação com sua base política. Segundo aliados, o foco será preservar a visibilidade e fortalecer o apoio ao ex-presidente durante o período em que enfrenta as restrições determinadas pelo STF.