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PIB dos EUA encolhe 0,3% nos primeiros meses do governo Trump

30 abr 2025 - 13h14
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O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos caiu 0,3% no primeiro trimestre, em ritmo anualizado, segundo estimativa divulgada nesta quarta-feira (30) pelo Departamento do Comércio. O recuo sucede a alta de 2,4% registrada no fim de 2024.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
Foto: depositphotos.com / thenews2.com / Perfil Brasil

A variação negativa vai na contramão das previsões iniciais, que apontavam crescimento de 0,3% no período. O principal fator foi o aumento expressivo nas importações, impulsionado pela corrida de empresas para antecipar compras diante das novas tarifas anunciadas pelo presidente Donald Trump.

As importações subiram 41,3%, maior patamar desde o terceiro trimestre de 2020, durante a pandemia. Apesar de um leve avanço nas exportações, o resultado foi um déficit comercial acentuado, responsável por cortar 4,83 pontos percentuais do PIB.

Corte de gastos e desconfiança no governo Trump pressionam cenário

Além do comércio exterior, a economia também sofreu com a retração dos gastos federais. Os cortes promovidos pela equipe de Trump provocaram demissões em série e o encerramento de programas públicos.

O relatório reforça os dados do Censo divulgados no dia anterior, que mostraram saldo negativo na balança comercial de março, reflexo da antecipação de importações antes do novo pacote tarifário entrar em vigor.

Em meio aos 100 primeiros dias da nova administração, crescem as críticas à condução econômica do governo. Eleito com base na insatisfação popular diante da inflação, Trump enfrenta queda na aprovação.

Segundo reportagem da Reuters, a confiança do consumidor se mantém próxima dos menores níveis em cinco anos. Já o ambiente empresarial foi afetado pela incerteza com as tarifas, levando à retração nos investimentos.

As tarifas vão ajudar ou atrapalhar a economia dos EUA?

Enquanto isso, os mercados reagiram mal à divulgação dos dados. Na quarta-feira (30), os principais índices de Wall Street operavam em queda, refletindo o temor de que as políticas comerciais adotadas pela Casa Branca agravem a situação econômica.

Apesar do desempenho fraco, Trump atribuiu a queda do PIB ao governo anterior. "Este é o mercado de ações de Biden, não de Trump. Só assumi em 20 de janeiro. As tarifas começarão a valer em breve, e as empresas estão começando a se mudar para os EUA em números recordes. Nosso país prosperará, mas precisamos nos livrar do 'excesso' de Biden", escreveu nas redes sociais.

O presidente afirmou ainda que o crescimento virá com o tempo. "Isso levará um tempo, não tem NADA A VER COM TARIFAS, apenas que ele nos deixou com números ruins, mas quando o boom começar, será como nenhum outro. SEJAM PACIENTES!!!", completou.

Desde a posse, o governo tem ampliado as tarifas. Após medidas direcionadas a países específicos, foi implementado um modelo mais amplo, chamado de "tarifas recíprocas", que atinge mais de 180 nações.

A medida foi mal recebida desde o início, principalmente após o acirramento da tensão com a China. Diante das críticas, Trump anunciou mudanças para reduzir os efeitos sobre o setor automotivo. Na terça-feira, ele assinou uma ordem que oferece créditos e isenções sobre materiais e peças.

A decisão foi comunicada no mesmo dia em que o presidente visitou Michigan, centro da indústria automobilística. A medida vem às vésperas da entrada em vigor de tarifas de 25% sobre autopeças importadas.

Perfil Brasil
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