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"Parasita" reflete disparidade social crescente na Coreia do Sul

10 fev 2020 - 13h00
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O filme "Parasita" conta a história de duas famílias sul-coreanas, os ricos Park e os pobres Kim, espelhando a desigualdade crescente na quarta maior economia asiática.

Sul-coreanos assistem diretor Bong Joon-ho em TV,  em Seul 10/2/2020  REUTERS/Heo Ran
Sul-coreanos assistem diretor Bong Joon-ho em TV, em Seul 10/2/2020 REUTERS/Heo Ran
Foto: Reuters

A produção fez história ao se tornar o primeiro longa não falado em inglês a receber a Oscar de melhor filme no domingo, o que desencadeou grandes comemorações nas redes sociais da Coreia do Sul.

Sua mensagem ecoou em muitos sul-coreanos que se identificam como "colheres de sujeira", aqueles nascidos em famílias de baixa renda que praticamente desistiram de ter uma casa decente ou de ascender socialmente, ao contrário dos "colheres douradas", que são de famílias mais abastadas.

O filme faz uma crítica dura à sociedade sul-coreana atual, e o diretor Bong Joon-ho se voltou a muitas cenas familiares nos arredores de Seul para ressaltar a disparidade entre os privilegiados e os despossuídos da cidade.

A disparidade é visível em toda a Coreia do Sul, já que alguns bairros de morandias precárias contrastam com a vida de locais mais requintados da capital.

O filme usa muitos destes recursos visuais para ilustrar a competição em curso na sociedade e os relacionamentos às vezes "parasitários" entre ricos e pobres.

"As discussões desagradáveis do filme provocaram sentimentos variados por tocarem em uma ferida social e colocarem os ricos contra os pobres", disse Kim Chang-hwan, morador de Seul, de 35 anos.

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