O que você nunca deve fazer ao usar óleo essencial
Apesar dos benefícios, uso incorreto dos óleos essenciais pode trazer riscos à saúde. Especialistas explicam o que evitar
Com efeitos físicos, mentais e emocionais, os óleos essenciais vêm ganhando espaço na rotina de quem busca mais bem-estar e equilíbrio no dia a dia. Feitos a partir da extração de compostos aromáticos de plantas, eles estão associados a benefícios que vão do alívio da ansiedade à melhora da qualidade do sono.
No entanto, por mais naturais que sejam, esses produtos exigem cuidados específicos, e há práticas que devem ser rigorosamente evitadas para garantir a segurança no uso.
Nunca use óleo essencial puro na pele
Um dos erros mais graves e frequentes é aplicar óleo essencial puro diretamente sobre a pele. "Esses compostos são altamente concentrados. Usá-los sem diluição pode causar irritação, dermatite e sensibilização", alerta Fernando Amaral, osmólogo e CEO da WNF.
A orientação é sempre diluir o óleo essencial em uma base carreadora, como óleo vegetal ou loção neutra.
Segundo Helena Ullmann, química industrial da Kur My Home SPA, esse cuidado é ainda mais importante quando o uso envolve crianças, idosos, gestantes ou animais. "Esses grupos são mais sensíveis e nem todos os óleos são seguros para eles. Por isso, o uso deve ser sempre orientado por um profissional qualificado", reforça.
Nada de exagero no difusor
A ideia de que mais gotas significam mais benefícios é equivocada. "Usar óleo essencial em excesso no difusor pode causar dor de cabeça, irritação nas vias respiratórias e até insônia", explica Helena.
A recomendação da especialista é limitar o uso do difusor a ciclos de 30 a 60 minutos, seguidos de pausas do mesmo tempo. No total, o ideal é não ultrapassar de 2 a 3 horas por dia.
A ingestão de óleos essenciais exige atenção e não deve ser feita sem orientação profissional. Segundo Helena, mesmo sendo naturais, esses compostos são altamente concentrados e podem causar reações graves quando consumidos de forma inadequada.
"A ingestão de óleos essenciais só deve ser feita com orientação profissional, pois pode ser tóxica ou causar reações graves se não houver acompanhamento adequado de um profissional de saúde", alerta.
Diluição adequada é essencial
Outro ponto importante é a concentração usada. Para adultos, a diluição recomendada geralmente varia de 1 a 3% em óleo carreador. Já para crianças e idosos, esse percentual deve ser bem menor, entre 0,25% e 1%, conforme orienta Fernando Amaral.
"Mais do que isso pode causar reações adversas como vermelhidão, coceira, dor de cabeça ou até dificuldades respiratórias", explica.
Não confunda óleo essencial com essência sintética
A diferença entre óleos essenciais naturais e essências sintéticas ainda é pouco compreendida. "Muita gente compra essência de lavanda achando que é natural, mas na verdade é uma fragrância artificial. Ela não tem os efeitos terapêuticos e pode até provocar alergias", explica Helena Ullmann.
Armazenamento também exige atenção
Luz e calor podem oxidar os óleos, comprometendo sua qualidade e segurança. "O ideal é guardar os frascos em local escuro, fresco e seco, longe do alcance de crianças e animais", diz Helena.
Frascos mal armazenados tendem a perder eficácia e se tornar irritantes com o tempo.
Fique atento aos sinais do corpo
Reações adversas devem ser levadas a sério. Se houver coceira, vermelhidão, ardência, dor de cabeça ou náusea após o uso de um óleo essencial, suspenda imediatamente o uso e procure orientação médica.
Antes da primeira aplicação, é indicado realizar um teste de sensibilidade. "Aplique uma pequena quantidade do óleo diluído no antebraço e aguarde 24 horas. Se houver sinais como coceira ou vermelhidão, evite o uso desse óleo na pele", orienta Helena.