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Vítima congolesa de Ebola pode ter entrado em Ruanda, diz OMS

18 jul 2019 - 09h34
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Uma mulher que morreu de Ebola neste mês pode ter levado a doença a Ruanda, disse a Organização Mundial de Saúde (OMS) nesta quinta-feira, um dia depois de declarar que um surto na vizinha República Democrática do Congo é uma emergência internacional de saúde.

Agente de saúde com roupa de proteção em local de tratamento para Ebola em Beni, na República Democrática do Congo
30/03/2019
REUTERS/Baz Ratner
Agente de saúde com roupa de proteção em local de tratamento para Ebola em Beni, na República Democrática do Congo 30/03/2019 REUTERS/Baz Ratner
Foto: Reuters

A congolesa era uma peixeira que vomitou diversas vezes em um mercado de Uganda no dia 11 de julho, alguns dias antes de morrer, informou um relatório do Ministério da Saúde de Uganda publicado pela OMS.

Nesta quinta-feira, a OMS disse que o ministério suspeita que, já infectada, a vítima fatal também foi à cidade congolesa de Goma e à cidade ruandesa de Gisenyi a trabalho. Ruanda nunca teve um caso registrado de Ebola.

Três pessoas morreram em Uganda em junho em meio à epidemia atual, que já matou quase 1.700 pessoas em 11 meses, mas não disseminaram a doença em outras partes do país, e o restante morreu no Congo.

Rotular o surto como uma emergência internacional é uma designação rara por meio da qual a OMS almeja intensificar o apoio global para impedir que ela se propague.

A medida foi motivada em parte pelo caso da peixeira e pelo de um pastor que morreu de Ebola depois de ir a Goma, cidade de dois milhões de habitantes na fronteira ruandesa.

O ministro da Saúde de Ruanda não estava disponível de imediato para comentar, mas o porta-voz do Ministério da Saúde de Uganda, Emmanuel Ainebyona, disse que agentes de saúde ugandeses e congoleses estão tentando encontrar pessoas em risco desde o episódio no mercado.

"A equipe de Uganda visitou o mercado de Mpondwe (onde a peixeira vomitou) e realizou exames nos comerciantes, mas não se encontrou nenhum caso positivo do vírus do Ebola", disse.

A equipe continua monitorando os comerciantes que foram examinados.

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