Vaticano aceita abrir túmulos para buscar jovem desaparecida
Emanuela Orlandi sumiu em 1983, quando tinha 15 anos de idade
O Tribunal do Estado da Cidade do Vaticano autorizou nesta terça-feira (2) a abertura de dois túmulos do cemitério teutônico de Roma onde podem estar os restos mortais de Emanuela Orlandi, jovem desaparecida em 1983, aos 15 anos de idade.
A medida foi tomada após a família de Orlandi ter recebido uma carta indicando sua suposta sepultura. O cemitério fica na fronteira do Vaticano e é administrado pela Santa Sé, e um dos jazigos em questão exibe a estátua de um anjo e uma lápide dedicada a príncipes de uma família de nobres alemães.
"A decisão se insere no âmbito de um dos inquéritos abertos após uma denúncia da família de Emanuela Orlandi, que, como se sabe, indicou o possível ocultamento do cadáver no cemitério", disse o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Alessandro Gisotti.
A exumação está prevista para 11 de julho, na presença dos advogados da família de Orlandi e dos herdeiros das pessoas sepultadas nos túmulos. "Estamos muito contentes, verdadeiramente satisfeitos. Gostaria de agradecer pela coragem do secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin", afirmou à ANSA a advogada dos Orlandi, Laura Sgrò.
A jovem desapareceu em 1983, aos 15 anos de idade, enquanto voltava para casa. Ela era filha de um funcionário da Santa Sé, cidadã do Vaticano e residia dentro dos muros do menor país do mundo, mas até hoje não se sabe seu paradeiro.