Vacina contra HPV salvou mais de um milhão de vidas, aponta relatório
O fortalecimento das campanhas de vacinação contra o papilomavírus humano (HPV) em países de baixa renda evitou mais de um milhão de mortes por câncer do colo do útero nos últimos três anos. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (17) pela Aliança para Vacinas (Gavi), uma organização internacional independente.
"Mais de um milhão de mortes por câncer do colo do útero foram evitadas, e cerca de 86 milhões de meninas agora estão protegidas contra a principal causa desse câncer, graças a um esforço conjunto de três anos liderado pela Gavi (…) e pelos países de baixa renda", declarou a organização, em um comunicado.
O programa de vacinação contra o HPV foi retomado pela Gavi em 2023, para proteger milhões de meninas contra a principal causa do câncer do colo do útero. "Graças ao compromisso excepcional dos países, parceiros, sociedade civil e comunidades, alcançamos esse objetivo antes do previsto", afirma Sania Nishtar, presidente da organização.
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"Esse esforço coletivo contribui para avanços globais significativos rumo à eliminação de uma das doenças mais mortais para as mulheres", reitera. Ela lembra que, ainda hoje, "a cada dois minutos, uma mulher morre de câncer do colo do útero".
Essa doença atinge mais os países de baixa renda, que carecem de serviços de rastreamento e acesso aos tratamentos. Segundo a Gavi, esses países representaram 90% das 350 mil mortes por câncer do colo do útero registradas em 2022.
A vacina contra o HPV é altamente eficaz e evita 17,4 mortes de cada 1.000 crianças vacinadas, segundo a organização. Os esforços da Gavi teriam permitido, no total, evitar 1,4 milhão de mortes.
Custos reduzidos
Mais de 50 países terão adotado a vacina com o apoio da aliança até o fim de 2025. A organização conseguiu reduzir o custo dos imunizantes e ampliar a oferta graças ao aumento das encomendas feitas aos fabricantes. Também obteve compromissos para diminuir o custo das doses.
Os países apoiados pela aliança agora pagam US$ 2,90 e US$ 5,18 por dose, contra US$ 100 ou mais em outros locais. Em 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pôde recomendar oficialmente um esquema vacinal de dose única contra o HPV, permitindo assim vacinar duas vezes mais meninas com os estoques existentes.
Com agências
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