PUBLICIDADE

Mundo

Uso de aviões oficiais por Salvini foi ilegítimo, diz corte

Caso está agora nas mãos do Ministério Público de Roma

12 set 2019 - 20h29
(atualizado às 20h50)
Compartilhar
Exibir comentários

O Tribunal de Contas da Região do Lazio determinou que o ex-ministro do Interior e senador Matteo Salvini, do partido ultranacionalista Liga, fez um uso "ilegítimo" de aviões da Polícia de Estado e do Corpo de Bombeiros.

Matteo Salvini participa de programa de auditório na Itália
Matteo Salvini participa de programa de auditório na Itália
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Apesar disso, a corte arquivou seu processo sobre o caso, alegando que os voos não saíram muito mais caro do que se Salvini tivesse usado aviões comerciais. Como lida apenas com crimes relativos a desperdício de dinheiro público, o tribunal transmitiu os autos à Procuradoria de Roma, que decidirá se abre ou não um inquérito próprio.

O ex-ministro era investigado por fazer 35 viagens em aviões e helicópteros da Polícia de Estado e dos bombeiros, levando consigo escolta, chefe de gabinete, assessor de imprensa e outros membros de sua equipe.

Em sua decisão, o Tribunal de Contas cita a norma que prevê que os chamados "voos de Estado" se limitem ao presidente da República, aos mandatários da Câmara dos Deputados, do Senado e da Corte Constitucional e ao primeiro-ministro, "salvo exceções que devem ser especificamente autorizadas".

"Os aviões [da Polícia e do Corpo de Bombeiros] foram comprados para finalidades puramente operacionais e não para o transporte de autoridades, nem sequer para facilitar o desenvolvimento de suas atividades institucionais", disse a corte.

O caso está agora com o Ministério Público de Roma, que verificará se há indícios de outros crimes, como peculato ou abuso de poder, por exemplo. "Que um ministro que cuida da Polícia use o avião da Polícia não me parece algo fora do comum", disse Salvini nesta quinta-feira (12).

Segundo reportagem do jornal La Repubblica, o ex-ministro usava aviões oficiais para se deslocar para cidades onde realizaria comícios eleitorais.

Ansa - Brasil   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade