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UE endurece políticas migratórias e reforça linha de Meloni

Pacote abre caminho para centros de deportação fora do bloco

8 dez 2025 - 08h29
(atualizado às 08h42)
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Os países da União Europeia aprovaram nesta segunda-feira (8) um endurecimento de suas políticas migratórias, abrindo caminho para a criação de centros de repatriação fora das fronteiras do bloco, estratégia defendida pela premiê da Itália, Giorgia Meloni.

Centro de detenção de migrantes financiado pela Itália em Gjader, na Albânia
Centro de detenção de migrantes financiado pela Itália em Gjader, na Albânia
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

A medida foi chancelada por maioria qualificada em uma reunião de ministros do Interior da UE em Bruxelas ? Espanha, França, Grécia e Portugal votaram contra ?, enquanto a ascensão de forças de extrema direita tem pressionado governos a adotar uma postura mais dura contra migrantes forçados e refugiados em diversos Estados-membros.

O pacote aprovado nesta segunda-feira prevê a abertura de "centros de retorno" fora da União Europeia, com o objetivo de enviar solicitantes de refúgio que tiverem seus pedidos negados nos membros do bloco, bem como a adoção de uma lista de "países terceiros seguros".

Esse conceito permitirá às nações da UE negar um pedido de refúgio sem sequer examinar o mérito quando o solicitante tiver tido a possibilidade de requerer a proteção internacional em um país terceiro considerado "seguro" e com o qual o deslocado tenha alguma espécie de ligação ou por onde ele tenha transitado antes de chegar no bloco europeu.

Os ministros do Interior também aprovaram a criação de uma lista de "países de origem seguros", cujos solicitantes de refúgio poderão ser submetidos a um sistema especial para análise do pedido de proteção internacional, com procedimento acelerado e realizado diretamente na fronteira ou em zonas de trânsito.

Esse conceito é central para a política da Itália de construir centros de detenção e repatriação na Albânia, país que não é membro da UE, com o objetivo de enviar solicitantes de refúgio provenientes de nações que Roma considera "seguras", como Bangladesh, Egito e Tunísia.

Essa estratégia entrou em vigor em 2024, porém nunca deslanchou devido a diversas sentenças judiciais que ordenaram que a Itália libertasse os deslocados internacionais mandados para a Albânia, decisões que questionavam justamente a definição de países seguros.

A lista aprovada pela UE, no entanto, inclui Bangladesh, Egito e Tunísia, além de Colômbia, Índia, Kosovo, Marrocos e todos os países candidatos a entrar no bloco. Tanto o Egito quanto a Tunísia são governados por autocratas acusados de oprimir e prender dissidentes, enquanto Bangladesh tem histórico de perseguições contra minorias religiosas e étnicas.

Com a aprovação das propostas, o Conselho da UE, órgão que reúne representantes dos 27 Estados-membros em nível ministerial, iniciará negociações imediatas com o Europarlamento para criar um texto jurídico definitivo.

Ansa - Brasil
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