Tufão Matmo atinge o sul da China e centenas de milhares de pessoas são forçadas a deixar suas casas
O tufão Matmo chegou com força à costa do sul da China neste domingo (5), provocando o deslocamento de centenas de milhares de pessoas e a paralisação de atividades em diversas cidades costeiras. A tempestade trouxe ventos superiores a 150 km/h e ameaça causar inundações graves em áreas vulneráveis.
O tufão Matmo chegou com força à costa do sul da China neste domingo (5), provocando o deslocamento de centenas de milhares de pessoas e a paralisação de atividades em diversas cidades costeiras. A tempestade trouxe ventos superiores a 150 km/h e ameaça causar inundações graves em áreas vulneráveis.
Segundo a emissora estatal CCTV, o centro do tufão tocou terra na cidade de Zhanjiang às 14h50 no horário local (3h50 em Brasília). A chegada do fenômeno já era esperada pelas autoridades meteorológicas, que elevaram sua intensidade ao nível "poderoso" na manhã de domingo, segundo informou o Centro Meteorológico Nacional da China (NMC).
Como medida de precaução antes da chegada do tufão, mais de 197 mil pessoas foram retiradas de suas casas na ilha de Hainan e outras 150 mil na província de Guangdong, de acordo com a agência oficial de notícias Xinhua.
Além dos deslocamentos em massa, os transportes públicos, os canteiros de obras foram suspensos e os comércios foram fechados em várias cidades costeiras, incluindo Haikou, Wenchang, Zhanjiang e Maoming. A medida visa minimizar os danos e proteger os trabalhadores e moradores das áreas mais afetadas. Na província vizinha de Guangxi, a cidade de Beihai também anunciou a suspensão progressiva de várias atividades profissionais, incluindo os serviços de transporte.
De acordo com a CCTV, fortes ondas já provocaram a elevação do nível do mar em um porto de Maoming, aumentando o risco de inundações. O canal estatal alertou para um grave risco de alagamentos na região, especialmente nas áreas costeiras mais baixas.
Embora a intensidade do tufão deva diminuir gradualmente após tocar terra, o NMC alertou que chuvas torrenciais e ventos violentos devem persistir até segunda-feira (6) em Hainan e em partes das províncias de Guangdong e Guangxi. As autoridades seguem monitorando a situação e reforçando medidas de segurança.
A China, maior emissora mundial de gases de efeito estufa, enfrenta os impactos das mudanças climáticas que, segundo cientistas, aceleram o aquecimento global e tornam os eventos meteorológicos extremos mais frequentes e intensos. O país tem sido cada vez mais afetado por tufões, enchentes e ondas de calor nos últimos anos.
(Com agências)