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Trump vai à cidade-natal de Biden para criticá-lo antes de democrata aceitar indicação

20 ago 2020 - 11h05
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, viajará nesta quinta-feira a uma área da Pensilvânia, um Estado-chave na eleição presidencial norte-americana, em que seu rival democrata Joe Biden nasceu para criticar suas décadas de serviço público horas antes de o ex-vice-presidente aceitar a indicação de seu partido para a eleição de novembro.

Presidente dos EUA, Donald Trump, em Yuma, Arizona
18/08/2020 REUTERS/Tom Brenner
Presidente dos EUA, Donald Trump, em Yuma, Arizona 18/08/2020 REUTERS/Tom Brenner
Foto: Reuters

O discurso, que a campanha disse que ressaltará "meio século de Joe Biden falhando com a América", tentará fortalecer o apoio dos republicanos no Estado, que pode se mostrar essencial para a reeleição em novembro.

Trump venceu no cinturão de ferro da Pensilvânia por meros 45 mil votos em 2016, e aparece cerca de seis pontos percentuais atrás de Biden em pesquisas de opinião locais, de acordo com o Real Clear Politics.

Mas o discurso em Old Forge, nos arredores de Scranton, onde Biden nasceu, também pode sair pela culatra, segundo o professor de política Terry Madonna, da Faculdade Franklin and Marshall de Lancaster, na Pensilvânia.

"Ele terá que ser cuidadoso com o que diz sobre Joe Biden, dado que Scranton é sua cidade-natal", opinou Madonna, dizendo que Trump deveria concentrar sua mensagem na recuperação dos empregos da população operária, que funcionou em 2016, e tentar aumentar a confiança na maneira como lida com a pandemia mortal de coronavírus.

"Até que ponto ele pode ir (nas críticas) é um mistério. Mas Trump é Trump, e ele fará o que faz", acrescentou.

Biden, que se mudou para Delaware na juventude, aceitará a indicação presidencial na noite desta quinta-feira, encerrando a Convenção Nacional Democrata virtual de quatro dias, na qual oradores argumentaram que ele é capaz de unir o país após os quatro anos de liderança polarizadora de Trump.

Biden aparece à frente de Trump de forma constante em pesquisas de opinião nacionais quando se indaga quem consegue combater melhor a pandemia, que já matou mais de 170 mil norte-americanos, mas Trump o supera com frequência quando se pergunta quem lida melhor com a economia.

O discurso na Pensilvânia coroa uma semana de aparições de Trump para se contrapor à convenção democrata, que incluiu depoimentos de alguns republicanos desencantados proeminentes, antes da Convenção Nacional Republicana da semana que vem.

Na segunda-feira, Trump viajou a Mankato, no Minnesota, e Oshkosh, no Wisconsin, onde se vangloriou de ter induzido o crescimento dos empregos e prometeu restaurar a economia devastada pelos isolamentos impostos para conter o coronavírus.

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