Trump diz que removerá sanções dos EUA contra a Síria
O presidente norte-americano, Donald Trump, disse nesta terça-feira que ordenará o levantamento das sanções contra a Síria a pedido do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, em um grande impulso para o presidente interino da Síria, Ahmed al-Sharaa, que busca estabilizar um país devastado pela guerra.
Trump fez o anúncio surpresa durante uma turnê regional que começou na Arábia Saudita. A Casa Branca disse que Trump cumprimentaria Sharaa durante sua visita à Arábia Saudita, indicando que uma reunião entre o presidente e um ex-comandante da Al Qaeda que passou cinco anos em uma prisão norte-americana no Iraque ocorreria na quarta-feira.
Duas fontes da Presidência síria disseram que Sharaa viajaria para Riad para se encontrar com Trump.
Os Estados Unidos impuseram duras sanções à Síria durante o governo de Bashar al-Assad, e as mantiveram em vigor desde que ele foi derrubado do poder em dezembro, após mais de 13 anos de guerra.
A Arábia Saudita tem sido uma das principais vozes a pedir a suspensão das sanções.
Trump disse que removeria todas as sanções contra a Síria, afirmando que elas tinham cumprido uma função importante, mas que agora era hora de a Síria seguir em frente.
"Vou ordenar o fim das sanções contra a Síria para dar a eles uma chance de grandeza", disse Trump em um fórum de investimentos em Riad.
"É a hora deles brilharem. Estamos tirando todas elas", disse Trump, "Boa sorte, Síria, mostre-nos algo muito especial."
Sharaa foi durante anos o líder da ala oficial da Al Qaeda no conflito sírio, antes de romper os laços com a rede jihadista global em 2016.
O Hayat Tahrir al-Sham, o grupo que Sharaa liderava e que foi formalmente dissolvido em janeiro, é considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos e pela Organização das Nações Unidas.
