Trump acusa China de interferência nas eleições dos EUA
Republicano disse que sofre represália por política comercial
O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (26) que a China estaria tentando interferir nas eleições de meio de mandato, que serão realizadas em novembro nos Estados Unidos.
As ações, segundo Trump, seriam uma represália de Pequim à política comercial norte-americana, que sobretaxa mais de US$ 250 bilhões em importações de produtos chineses. "Eles não querem que eu vença pois sou o primeiro presidente que desafia a China no comércio", disse Trump. "Não permitiremos que eles influenciem no nosso voto", concluiu o político, que preside o Conselho de Segurança da ONU em Nova York.
O ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, que estava na reunião, negou a acusação dizendo que a China "não interfere e não interferirá em assuntos internos de outros países". O gigante asiático cancelou a visita do veículo militar anfíbio norte-americano "USS Wasp" a uma base militar em Hong Kong, que estava prevista para o mês que vem, em protesto contra restrições impostas pelos Estados Unidos à compra de armamento russo pela China.
Trump enfrenta acusações de interferência da inteligência russa no pleito que o elegeu, em 2016, contra a democrata Hillary Clinton, no caso chamado de "Russiagate".