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Tailândia corre contra o tempo para tirar jovens de caverna

Novas tempestades podem agravar a situação no fim de semana

5 jul 2018 - 17h15
(atualizado às 19h30)
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A Tailândia faz uma corrida contra o tempo para resgatar o time de futebol juvenil, incluindo 12 adolescentes e um treinador de 25 anos, que está preso há mais de 10 dias na caverna de Tham Luang.

Tailândia corre contra o tempo para tirar jovens de caverna
Tailândia corre contra o tempo para tirar jovens de caverna
Foto: EPA / Ansa - Brasil

O grupo está a quatro quilômetros da saída do complexo de grutas, uma famosa atração turística entre os tailandeses, mas parte do percurso está totalmente submersa por causa das chuvas.

Os jovens estão recebendo aulas de natação e mergulho dos socorristas, mas a meteorologia prevê temporais a partir de sábado (7), tornando inúteis os esforços dos últimos dias para drenar a água.

Tentar tirá-los agora seria perigoso, já que muitos estão frágeis para enfrentar um extenuante percurso de seis a oito horas. Se o nível da água voltar a subir, o resgate do time de futebol pode ficar impossibilitado por semanas - ou até meses.

Os socorristas, no entanto, seguem trabalhando sem pausa, com um olho no céu e outro nas grutas. "Se o volume de água aumentar com a chuva, deveremos calcular quanto tempo teremos, quantas horas, quantos dias. Tentaremos voltar à situação na qual nos encontrávamos no começo", disse o governador da província de Chiang Rai, Narongsak Osatanakorn.

Os jovens estão em bom estado de saúde, mas com condição física fragilizada por causa do longo período na caverna. Eles já receberam alimentos e remédios, além de apoio psicológico.

Planificar sua saída é uma odisseia logística: entre a entrada da caverna e o local onde o grupo está bloqueado desde 23 de junho, são necessárias seis horas para chegar e outras tantas para voltar. Com adolescentes nas costas e a necessidade de fazê-los descansar, o tempo de resgate aumentaria.

As equipes de socorro também consideram a hipótese de crises de pânico que poderiam colocar em risco a vida tanto dos adolescentes quanto dos mergulhadores. Uma melhora significativa foi alcançada no primeiro quilômetro e meio da gruta, já transitável a pé, porém a parte mais profunda, de dois quilômetros, possui túneis tortuosos e ao menos uma caverna submersa por água e lama.

Da base de abastecimento mais próxima dos jovens até o local onde eles estão, apenas mergulhadores de elite conseguem completar o trajeto. Uma das hipóteses é transportá-los em um traje totalmente fechado, com capacete e um respirador conectado a tanques de oxigênio levados pelos socorristas, que já estão instalando um cabo-guia na gruta.

O caminho mais seguro, no entanto, continua sendo um que não exija imersões completas. Drenar totalmente a água em pouco tempo é impossível. A caverna está encravada dentro de uma montanha, e estima-se que o grupo esteja 800 metros abaixo da superfície.

Ansa - Brasil   
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