PUBLICIDADE
URGENTE
Saiba como doar qualquer valor para o PIX oficial do Rio Grande do Sul

Mundo

Supremo dos EUA permite posse de armas em público

Lei de Nova York exigia licença para sair de casa armado

23 jun 2022 - 13h30
(atualizado às 13h48)
Compartilhar
Exibir comentários

A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou nesta quinta-feira (23) uma lei de Nova York que exigia uma licença para que as pessoas pudessem circular com armas de fogo em público e equiparou o porte ao "direito de ter armas" com base na Segunda Emenda da Constituição.

Supremo liberou porte de armas para qualquer cidadão
Supremo liberou porte de armas para qualquer cidadão
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Com seis votos a favor e três contrários, os juízes afirmam que a legislação "protege os direitos dos indivíduos de portar uma arma consigo fora de casa para autodefesa".

A lei do estado de Nova York é semelhante a de outras localidades, como Havaí, Califórnia, Nova Jersey e Rhode Island, que também exigem uma licença para portar armas em público. No caso nova iorquino, era preciso dar uma justificativa sobre qual a necessidade de andar armado. Agora, é possível que todos esses estados sejam questionados sobre suas legislações e mais pessoas decidam andar armadas pelas ruas.

Após a decisão da Suprema Corte, a poderosa Associação Nacional do Rifle (NRA), o maior grupo de lobby político pró-armas do país, celebrou a decisão e chamou o resultado de "vitória". Na Bolsa de Valores de Nova York, as ações da empresa Smith & Wesson, uma das maiores produtoras de armamento, subiram mais de 7,5%.

Do lado político, as reações foram opostas. O presidente Joe Biden afirmou estar "profundamente decepcionado" com a decisão, que ocorre em um momento em que os democratas tentam impor algumas regras para a compra de armamentos, especialmente, entre aqueles que têm menos de 21 anos.

Os debates sobre o tema voltaram a aumentar por conta do massacre de 21 pessoas, sendo 19 crianças, em uma escola infantil em Uvalde, no Texas, no fim do mês de maio. Poucos dias antes, a cidade de Buffalo, em Nova York, registrou um massacre de 10 pessoas negras em um supermercado. O assassino era um supremacista branco.

A governadora de Nova York, Kathy Hochul, classificou como "vergonhosa" e "chocante" a decisão da Suprema Corte. "É lamentável que esse dia tenebroso tenha chegado", disse ainda à "MSNBC".

Hochul ainda informou que o governo vai "revisar todas as opções disponíveis" no legislativo e que "fará de tudo em nosso poder para proteger os nova iorquinos das armas de fogo e preservar as leis de senso comum sobre armas no estado".

A mesma linha foi adotada pelo prefeito da capital, Eric Adams, que afirmou que a decisão "expõe a população a mais riscos de violência com arma de fogo", - a cidade recentemente teve um ataque em uma estação de metrô que deixou quase 30 feridos.

Já o Departamento de Polícia de Nova York informou que se prepara para enfrentar uma "revolução" após a decisão da Suprema Corte. Só neste ano, a polícia já tinha sequestrado mais de três mil armas - incluindo fuzis - nas ruas e as prisões por porte ilegal de armamento estão no maior nível em 28 anos. .

Ansa - Brasil   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade