PUBLICIDADE

Mundo

"Sou capitão, ele é pacifista", diz Bolsonaro sobre Gandhi

Presidente visitou o mausoléu do líder pacifista na capital indiana; homenagem é tradição a chefes de Estado que estão na Índia

25 jan 2020 - 09h16
Compartilhar
Exibir comentários

NOVA DÉLHI - Antes de assinar 15 atos para favorecer a cooperação e comércio com a Índia, o presidente Jair Bolsonaro levou flores ao memorial do líder pacifista Mahatma Gandhi, tido como um dos heróis nacionais do país asiático. A cerimônia durou pouco menos de dez minutos e o presidente recebeu um busto de Gandhi, decisivo para o processo pacífico de independência da Índia em relação ao Reino Unido no ano de 1947.

Presidente Jair Bolsonaro em cerimônia de recepção no Palácio Presidencial Rashtrapati Bhavan, em Nova Delhi
Presidente Jair Bolsonaro em cerimônia de recepção no Palácio Presidencial Rashtrapati Bhavan, em Nova Delhi
Foto: Altaf Hussain / Reuters

Questionado pela imprensa sobre o que achou da cerimônia, respondeu que o momento "toca a alma da gente". Sobre a sua avaliação da figura de Gandhi, disse: "Olha, eu sou um capitão do Exército, ele é um pacifista, tá certo? Mas, obviamente, a gente reconhece o seu passado sempre pregando a paz, a harmonia, a liberdade", afirmou.

O professor indiano Umesh Mukhi, do Departamento de Administração de Empresas da FGV-SP, diz que a tradição de líderes estrangeiros oferecem flores a Gandhi é uma forma de demonstrar a importância do indiano para paz e para a não-violência. Gandhi é, também, um símbolo de unidade da Índia, país de 1,3 bilhão de habitantes com distintas etnias, idiomas e religiões em convivência. Os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, em 1996, e Luiz Inácio Lula da Silva, em 2004, também homenagearam Gandhi.

"Os valores da paz e da não-violência influenciaram vários ativistas de direitos humanos e pensadores em todo o planeta. A filosofia de Gandhi é, de alguma forma, muito apolítica e ele é uma figura admirada por quase todas as pessoas. Há estátuas dele em São Paulo, no Rio", exemplifica. "A visita ao memorial é um sinal de honra e respeito aos valores e tradições da cultura indiana".

Veja também:

"Se eu não tiver a cabeça no lugar, alopro", diz Bolsonaro sobre caso Flávio:
Estadão
Compartilhar
Publicidade
Publicidade