Síria prende cinco suspeitos de ataque contra tropas norte-americanas e sírias em Palmira
A Síria prendeu cinco pessoas suspeitas de terem ligações com o ataque a tiros contra tropas norte-americanas e sírias na cidade de Palmira, no centro da Síria, no sábado, informou o Ministério do Interior neste domingo.
Dois soldados do Exército dos EUA e um intérprete civil foram mortos em um ataque contra um comboio de forças norte-americanas e sírias, sendo o agressor morto a tiros. O Ministério do Interior sírio descreveu o atacante como um membro das forças de segurança sírias suspeito de simpatizar com o Estado Islâmico.
O ataque ocorreu pouco mais de um mês depois de a Síria ter anunciado a assinatura de um acordo de cooperação política com a coalizão liderada pelos EUA contra o Estado Islâmico, o que coincidiu com a visita do presidente sírio Ahmed al-Sharaa à Casa Branca.
"Nossas unidades realizaram uma operação de segurança precisa e decisiva na cidade de Palmira, após um covarde ataque terrorista perpetrado ontem por um indivíduo ligado ao Estado Islâmico", afirmou o Ministério do Interior da Síria em um comunicado.
"A operação foi conduzida em total coordenação com o Serviço Geral de Inteligência e as forças da coalizão internacional, e resultou na prisão de cinco suspeitos, que foram imediatamente encaminhados para interrogatório."
Três soldados norte-americanos ficaram feridos no ataque, informou o Comando Central das Forças Armadas dos EUA. A agência de notícias estatal síria SANA disse que dois militares sírios também ficaram feridos.
O Ministério do Interior da Síria afirmou ter avaliado o agressor poucos dias antes do ataque e concluído que ele poderia ter visões extremistas. Uma decisão sobre seu futuro ainda estava pendente.
Nos últimos meses, a coalizão liderada pelos EUA realizou ataques aéreos e operações terrestres na Síria visando suspeitos de ligação com o Estado Islâmico, frequentemente com o envolvimento das forças de segurança sírias. No mês passado, a Síria também realizou uma campanha em todo o país, prendendo mais de 70 pessoas acusadas de ligações com o grupo.
Os Estados Unidos mantêm tropas estacionadas no nordeste da Síria como parte de um esforço de uma década para combater o Estado Islâmico, que controlou vastas áreas da Síria e do Iraque entre 2014 e 2019.
O governo da Síria é agora liderado por ex-rebeldes que derrubaram o líder Bashar al-Assad no ano passado, após 13 anos de guerra civil, incluindo membros da antiga filial síria da Al Qaeda que romperam com o grupo e entraram em confronto com o Estado Islâmico.