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Senado dos EUA deve confirmar juíza Barrett para Suprema Corte

26 out 2020 - 09h05
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O Senado dos Estados Unidos, de maioria republicana, deve confirmar nesta segunda-feira a indicada do presidente Donald Trump, Amy Coney Barrett, como a próxima juíza da Suprema Corte, uma medida que inclinará a corte ainda mais para a direita nos próximos anos.

Juíza Amy Coney Barrett, em Washington
29/9/2020
Demetrius Freeman/Pool via REUTERS
Juíza Amy Coney Barrett, em Washington 29/9/2020 Demetrius Freeman/Pool via REUTERS
Foto: Reuters

Nenhum candidato à Suprema Corte foi confirmado pelo Senado tão perto de uma eleição presidencial, com mais de 58 milhões de votos antecipados já registrados antes do dia da eleição, em 3 de novembro.

A pressa para confirmar Barrett dividiu amargamente democratas e republicanos, que devem seguir as linhas partidárias na votação final. Trump disse repetidamente que deseja que ela vote em qualquer caso relacionado às eleições que chegue ao tribunal.

Com os republicanos controlando o Senado por 53 votos a 47 e nenhum indicativo de uma revolta interna contra a juíza conservadora que sucederá a juíza progressista Ruth Bader Ginsburg, Barrett deve quase certamente assumir um cargo vitalício na corte, apesar da ampla oposição dos democratas.

Os democratas do Senado e alguns republicanos expressaram preocupação com a possibilidade de que o vice-presidente, Mike Pence, que teve assessores próximos com resultados positivos para a Covid-19, possa comparecer à votação desta segunda-feira.

O líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, disse que Pence "supostamente pretende vir" ao Senado para presidir a votação final e criticou-o por estar disposto a colocar "em risco a saúde de todos os que trabalham neste prédio".

Com a confirmação de Barrett, a Suprema Corte terá uma sólida maioria conservadora de 6 votos a 3.

Espera-se que, já na Suprema Corte, Barrett participe de uma audiência crucial em 10 de novembro, onde Trump e seus colegas republicanos pedirão ao tribunal que revogue a Lei de Proteção ao Paciente e Assistência Acessível, popularmente conhecida como Obamacare, que ajudou milhões de norte-americanos a obter seguro médico e protegeu aqueles com doenças pré-existentes.

Barrett criticou as decisões anteriores que defendiam o Obamacare, mas disse durante sua audiência de confirmação que não tinha agenda para invalidar a medida.

"Estamos dando a vocês uma grande nova juíza da Suprema Corte", disse Trump em um comício de campanha no domingo.

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