Sanções dos EUA contra o Irã começam a valer
Trump ameaçou romper relações com países que apoiam Teerã
As primeiras sanções dos Estados Unidos contra o Irã, após a saída de Washington do acordo nuclear, começam a valer nesta terça-feira (7). As sanções atingem o comércio de ouro, metais preciosos, aço, alumínio, automóveis e transações financeiras. Além de impor as sanções, o atual presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou romper relações comercias com países que permanecerem fazendo negócios com Teerã.
"As sanções iranianas foram lançadas oficialmente. Estas são as sanções mais fortes que já impusemos e, em novembro, aumentaremos ainda mais o nível. Quem fizer negócios com o Irã não fará negócios com os EUA. Eu peço a paz no mundo, nada menos que isso", escreveu Trump no Twitter.
Apesar da ameaça, o Reino Unido anunciou que não seguirá os EUA nas sanções. "Como já declaramos, consideramos o acordo nuclear uma parte importante não somente da segurança na região, mas no mundo", disse o vice-ministro das Relações Exteriores de Londres, Alistair Burt.
O acordo nuclear com o Irã, chamado de "Plano de Ação Conjunto Global" (JCPOA, na sigla em inglês), estabelecia limites para o enriquecimento de urânio no Irã e tinha sido assinado em 2015 com o apoio do governo do ex-presidente norte-americano Barack Obama.
Desde que tomou posse, Trump alega que o acordo foi um dos maiores "erros" da história. Além dos EUA, países como Reino Unido, França, China, Rússia e Alemanha firmaram o acordo e lamentaram a saída de Washington.