Rússia descarta terrorismo em ataque na Crimeia
Uma ataque deixou pelo menos 19 mortos - incluindo o agressor - e 52 pessoas feridas em um instituto de ensino técnico em Kerch, na Crimeia, península que pertencia à Ucrânia e foi anexada pela Rússia, nesta quarta-feira (17).
O autor do atentado é um estudante do Instituto Politécnico de Kerch que se suicidou após o massacre. A identidade não foi confirmada, mas ele seria um aluno do quarto ano e sem histórico criminal.
Seu corpo foi encontrado na biblioteca situada no segundo andar do prédio. A dinâmica do atentado ainda está sendo apurada, e as próprias autoridades divulgaram versões conflitantes. A mais recente é do vice-primeiro-ministro da Crimeia, Igor Mikhailichenko.
Segundo ele, houve um "tiroteio depois de uma explosão" no refeitório do instituto. "O atirador abriu fogo com um fuzil de caça", disse. Todas as vítimas teriam morrido baleadas.
"Os motivos e teorias dessa tragédia estão sendo minuciosamente investigados", garantiu o presidente Vladimir Putin. O caso, no entanto, não é tratado como terrorismo. "Não foi um ataque terrorista, mas uma emergência local na cidade. Tudo está sob controle agora", declarou o primeiro-ministro da Crimeia, Sergei Aksyonov.
"Não posso dizer nada sobre os motivos, mas não foi um ataque terrorista, foi um assassinato em massa", reforçou. A região declarou luto de três dias em memória das vítimas.
A Crimeia pertencia à Ucrânia e foi anexada pela Rússia em 2014, o que levou o país a ser removido do então G8 e provocou uma série de sanções internacionais contra Moscou. Kerch é a cidade que abriga a ponte que conecta fisicamente a península à Rússia, inaugurada em maio passado, apesar dos protestos de Kiev.
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