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Reuniões secretas do alto escalão do governo dos EUA e Brasil pavimentaram encontro de Trump e Lula na ONU, diz jornal

Contatos de bastidores ocorrem há meses entre os dois governos, mas se intensificaram após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro

26 set 2025 - 11h00
(atualizado às 12h00)
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Resumo
Reuniões secretas entre altos escalões dos governos do Brasil e EUA foram cruciais para viabilizar o encontro entre Lula e Trump na ONU, com articulações sigilosas envolvendo autoridades e empresários para avançar o diálogo bilateral.
Trump diz que abraçou Lula e fala em 'boa química' ao anunciar encontro na próxima semana:

A “química” entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump não “pintou” ao acaso, tampouco tão espontânea quanto as versões públicas dos dois chefes de Estado parecem fazer crer. Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, reuniões secretas do alto escalão do governo do Brasil e dos Estados Unidos pavimentaram o encontro dos dois presidentes na Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), na manhã de terça-feira, 23, em Nova York.

Os emissários agiram com aval dos presidentes e mantiveram canais abertos para indicar a “boa disposição” de ambos a um possível encontro. Nessas interações, sigilosas até agora, os dois lados tomaram cautela e agiram com discrição. Não houve documentos divulgados, notas oficiais e registros públicos em agendas das autoridades nem do Brasil nem dos EUA. Também não há qualquer registro em fotos. 

Embora todo o cuidado tenha sido tomado para passar despercebido e ficar apenas nos bastidores, o jornal O Estado de S.Paulo revela que as conversas tiveram, sobretudo, a participação de Geraldo Alckmin, vice-presidente do Brasil, Jamieson Greer, representante comercial dos Estados Unidos, Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores do Brasil, e Richard Grenell, diplomata americano e enviado especial de Trump ao Brasil. 

O Estadão apurou que Alckmin realizou em 11 de setembro uma videoconferência com Greer, em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No encontro foram discutidas pautas comerciais e o futuro da relação bilateral, mas também se discutiram sinais de abertura para um diálogo político de maior fôlego.

Os presidentes Lula e Donald Trump durante seus discursos no Debate Geral da Assembleia Geral das Nações Unidas na sede da ONU em Nova York, em 23 de setembro de 2025
Os presidentes Lula e Donald Trump durante seus discursos no Debate Geral da Assembleia Geral das Nações Unidas na sede da ONU em Nova York, em 23 de setembro de 2025
Foto: ANGELA WEISS/Getty Images

Poucos dias depois, em 15 de setembro, o chanceler Mauro Vieira recebeu no Rio de Janeiro Richard Grenell, enviado especial de Trump, em reunião reservada. Segundo fontes ouvidas pelo jornal, a conversa serviu para alinhar expectativas e manter “os canais abertos” para uma interação entre os presidentes durante a Assembleia Geral em Nova York.

A reportagem destaca também que os contatos entre os governos permaneceram em sigilo para evitar sabotagens, em especial por parte do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que atua nos EUA junto a aliados do movimento MAGA para barrar aproximações.

O Estadão também cita diplomatas brasileiros e empresários, como os irmãos Batista, da JBS, que teriam se mobilizado nos bastidores para destravar canais de comunicação com Washington, em meio à escalada da crise diplomática provocada pelas sanções da Casa Branca contra autoridades do STF.

Fonte: Portal Terra
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