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Brasil deixa plenário da ONU em boicote a Netanyahu

O líder israelense está sob intensa pressão na arena internacional em meio ao reconhecimento de um Estado palestino por diversos países aliados

26 set 2025 - 10h45
(atualizado às 12h12)
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Benjamin Netanyahu discursa na ONU com plenário esvaziado
Benjamin Netanyahu discursa na ONU com plenário esvaziado
Foto: Kay Nietfeld/Getty Images

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, iniciou o seu discurso na Assembleia-Geral da ONU nesta sexta-feira, 26. O líder israelense descreveu os progressos israelenses na luta contra o grupo terrorista Hamas e o Eixo da Resistência do Irã. Durante a fala, várias delegações deixaram a plateia, incluindo os representantes brasileiros. 

Netanyahu relembrou as operações que causaram as explosões de pagers e walkie-talkies de membros da milícia xiita Hezbollah em setembro de 2024 e os ataques contra as instalações nucleares de Teerã. Ele agradeceu o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por seu apoio e os bombardeios conjuntos contra o Irã.

O primeiro-ministro relembrou os ataques terroristas do Hamas no dia 7 de outubro de 2023 e colocou um broche em seu paletó com um QR Code que mostra os vídeos de câmeras de segurança de Israel naquele dia.

Delegações deixam Assembleia Geral da ONU durante discurso de Benjamin Netanyahu
Delegações deixam Assembleia Geral da ONU durante discurso de Benjamin Netanyahu
Foto: Michael M. Santiago / Getty Images

Pressão

O líder israelense está sob intensa pressão na arena internacional em meio ao reconhecimento de um Estado palestino por diversos países aliados como França, Reino Unido e Canadá.

Dezenas de diplomatas de diversos países se retiraram do local da Assembleia antes do discurso de Netanyahu começar.

"Eu direi a nossa verdade", apontou o primeiro-ministro antes de deixar Israel na quinta-feira, 25. De acordo com Netanyahu, o reconhecimento de um Estado palestino seria uma afirmação de que os ataques terroristas do Hamas no dia 7 de outubro de 2023 tinham avançado a causa palestina.

Membros do gabinete israelense pediram que Netanyahu respondesse ao reconhecimento com uma anexação total ou parcial da Cisjordânia, mas a medida colocaria Netanyahu em desacordo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que assegurou a líderes árabes em uma reunião na quinta-feira que não iria permitir a anexação do território.

Trump e Netanyahu devem se encontrar na Casa Branca na segunda-feira, 29. O republicano já ressaltou diversas vezes que deseja o fim da guerra na Faixa de Gaza, mas Netanyahu deu o aval para uma complexa operação para tomar o controle da Cidade de Gaza, a maior cidade do território palestino.

A operação enfrenta forte oposição interna, com manifestações rotineiras de milhares de israelenses que desejam um acordo de cessar-fogo. A guerra em Gaza já deixou mais de 68 mil mortos, de acordo com dados do ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas. Cerca de 50 reféns israelenses seguem no território palestino, mas apenas 20 são considerados vivos.

Estadão
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