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"Que não haja psicose", pede presidente do México após recorde de mortes por coronavírus

4 jun 2020 - 13h24
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O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, pediu nesta quinta-feira que não haja "psicose" ou "medo" entre a população depois que o país registrou na véspera um novo recorde diário de mortes relacionados ao coronavírus, garantindo que o aumento ocorreu devido a uma atualização de óbitos não registrados anteriormente.

Enterro de vítima da Covid-19 em cemitério do México
03/06/2020
REUTERS/Carlos Jasso
Enterro de vítima da Covid-19 em cemitério do México 03/06/2020 REUTERS/Carlos Jasso
Foto: Reuters

Na quarta-feira, na entrevista coletiva diária para atualizar os dados da epidemia no país, as autoridades de saúde do México informaram que foram registradas 1.092 novas mortes, totalizando 11.729 óbitos, e 3.912 novos infectados, elevando o número total para 101.238.

"Isso aconteceu porque foi feito um ajuste nas mortes que ocorreram anteriormente e que não foram registradas ou não foram regulamentadas, e houve esse processo de atualização. Mas isso não significa que 1.000 pessoas morreram em um dia", disse López Obrador nesta quinta-feira.

"Que não haja psicose, não haja medo, e que, ao mesmo tempo, não prestemos atenção ao sensacionalismo", acrescentou, rejeitando críticas à estratégia do governo.

Nesta semana, apesar da epidemia não ter diminuído, o México começou a retomar a atividade em alguns setores considerados essenciais após dois meses de confinamento. A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) pediu ao México que não reabrisse os negócios "imediatamente", alertando que a transmissão poderia ser acelerada.

"Não é Nova York, é diferente", disse o presidente, comparando a capital mexicana com a cidade mais atingida pelo vírus nos Estados Unidos. "Espero que acalme, que a pandemia continue a declinar. Se esse não for o caso, tomaremos as medidas necessárias".

O México ocupa o sétimo lugar no mundo em termos de mais mortes relacionadas ao coronavírus, segundo uma contagem da Reuters, e o subsecretário de Saúde do país, Hugo López-Gatell, admitiu que o total de óbitos pode chegar a 30.000.

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