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Quase 800 pessoas morreram desde maio em Gaza buscando ajuda humanitária, segundo a ONU

As pessoas foram mortas nas proximidades dos centros de ajuda humanitária da Fundação Humanitária de Gaza (FGH), mantida por Israel e Estados Unidos, segundo as Nações Unidas. O exército israelense afirmou ter "aprendido lições" com os incidentes fatais.

12 jul 2025 - 04h38
(atualizado às 13h24)
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Quase 800 pessoas morreram desde maio em Gaza buscando ajuda humanitária, segundo a ONU:

O Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos anunciou na sexta-feira, 11, em Genebra, que registrou 798 mortes de pessoas que buscavam ajuda entre 27 de maio e 7 de julho, incluindo 615 perto de locais administrados pela FGH. "A maioria dos ferimentos são de bala", segundo o Escritório.

No final de maio, Israel aliviou o bloqueio de dois meses imposto à Faixa de Gaza, mas a distribuição de ajuda, anteriormente liderada pelas Nações Unidas, foi confiada à FGH, apoiada pelos Estados Unidos e Israel. A ONU e as principais organizações humanitárias se recusam a trabalhar com esta fundação, alegando que ela atende a objetivos militares israelenses e viola princípios humanitários básicos.

O exército israelense já reconheceu ter atirado contra "suspeitos" que representavam uma "ameaça" perto dos centros da fundação, onde multidões se reúnem diariamente. "Investigações aprofundadas foram realizadas (...) e instruções foram transmitidas às forças em terra após as lições aprendidas", afirmou na sexta-feira, em resposta aos números divulgados pela ONU.

A distribuição de ajuda, vital para os mais de 2 milhões de habitantes do território palestino sitiado, é, segundo o Hamas, uma das questões-chave nas difíceis negociações indiretas em andamento no Catar para tentar avançar em direção a uma trégua entre Israel e o movimento islâmico.

Acordo dentro de alguns dias

Palestinieni transportà saci si cutii de mâncare din ajutoarele umanitare distribuite de Programul Alimentar Mondial. Orasul Gaza, 16 iunie 2025.
Palestinieni transportà saci si cutii de mâncare din ajutoarele umanitare distribuite de Programul Alimentar Mondial. Orasul Gaza, 16 iunie 2025.
Foto: AP - Jehad Alshrafi / RFI

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse na quinta-feira (10) que espera que um acordo sobre uma trégua de 60 dias, incluindo a libertação de dez reféns mantidos na Faixa de Gaza, possa ser alcançado "dentro de alguns dias".

Ele também expressou sua disposição para negociar um cessar-fogo permanente, desde que o Hamas se desmilitarize e renuncie ao controle do território. O movimento islâmico, por sua vez, reiterou repetidamente sua exigência de uma retirada dos militares israelenses de Gaza, "garantias" da natureza permanente de um cessar-fogo e a retomada da ajuda humanitária pela ONU e por organizações internacionais reconhecidas.

O Hamas declarou na quarta-feira que estava pronto para libertar dez reféns como parte de um acordo de trégua.

Das 251 pessoas sequestradas no dia do ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro de 2023, 49 continuam detidas em Gaza, 27 das quais foram declaradas mortas pelo exército israelense.

"Provavelmente teremos um cessar-fogo de 60 dias. Retiraremos o primeiro grupo (de reféns) e, em seguida, usaremos esse cessar-fogo de 60 dias para negociar o fim de tudo isso", disse Netanyahu na quinta-feira, após uma visita a Washington, ao canal de tevê Newsmax.

(Com AFP)

RFI A RFI é uma rádio francesa e agência de notícias que transmite para o mundo todo em francês e em outros 15 idiomas.
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