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Primeiro dia de negociações na Itália mantém impasse

Ainda não há indícios de acordo para formar novo governo

4 abr 2018 - 21h32
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O primeiro dia de consultas com o presidente da Itália, Sergio Mattarella, para a formação do novo governo manteve o impasse para definir o próximo primeiro-ministro do país.

Giorgia Meloni pediu encargo de formar governo a Matteo Salvini
Giorgia Meloni pediu encargo de formar governo a Matteo Salvini
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Nesta quarta-feira (4), o chefe de Estado recebeu no Palácio do Quirinale, em Roma, os presidentes do Senado, Maria Elisabetta Casellati, e da Câmara dos Deputados, Roberto Fico, e os líderes dos grupos "mistos", que reúnem as legendas menores, e das siglas que representam as minorias linguísticas do país.

A última a subir à sede da Presidência foi a delegação do partido de extrema direita Irmãos da Itália (FDI), que integra a coalizão conservadora com Liga e Força Itália (FI), de Silvio Berlusconi. A aliança venceu as eleições de 4 de março, mas, com 42% dos assentos, não obteve maioria no Parlamento.

"Pedimos o encargo [de formar o novo governo] para Matteo Salvini [secretário da Liga]. Acreditamos que seja justo que ele tente encontrar uma maioria. Se não conseguir, caberia a Salvini encontrar outra pessoa", disse Giorgia Meloni, presidente do FDI.

As consultas terminarão nesta quinta (5), quando Mattarella receberá, nesta ordem, os representantes do Partido Democrático (PD), do FI, da Liga e do Movimento 5 Estrelas (M5S). Apenas depois dessa etapa o presidente deve definir o primeiro-ministro encarregado, que será aquele que demonstrar capacidade de construir uma maioria parlamentar.

No entanto, até o momento, não há indícios de acordo. O antissistema M5S propôs uma coligação de governo com a Liga, de extrema direita, ou o PD, de centro-esquerda, mas desde que sem as presenças de Berlusconi, aliado de Salvini, ou do ex-primeiro-ministro Matteo Renzi, ex-secretário do Partido Democrático.

Já a Liga disse estar indisponível para formar uma maioria sem incluir o Força Itália, enquanto o PD vem afirmando publicamente que fará oposição. Caso não haja acordo, Mattarella pode convocar os partidos novamente. Se o impasse persistir, a única saída será a convocação de novas eleições.

Ansa - Brasil   
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