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Premiê do Sudão está preso em casa de general

País africano vive novo golpe militar

26 out 2021 - 12h20
(atualizado às 15h11)
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O primeiro-ministro do Sudão, Abdallah Hamdok, está preso na residência do general que liderou um golpe de Estado no país na última segunda-feira (25).

Protesto contra golpe militar em Cartum, capital do Sudão
Protesto contra golpe militar em Cartum, capital do Sudão
Foto: EPA / Ansa - Brasil

"Ele está na minha casa", disse o chefe das Forças Armadas, Abdel Fattah al-Burhan, em coletiva de imprensa nesta terça (26), na capital Cartum.

"Sim, prendemos ministros e políticos, mas não todos", declarou o general, acrescentando que o primeiro-ministro está "bem de saúde" e vai "retornar para casa quando a crise acabar".

O novo golpe ocorreu dois anos e meio depois da deposição do presidente Omar al-Bashir, que governava o Sudão desde 1989 e é acusado de crimes de guerra e genocídio no conflito em Darfur.

Após a prisão de Hamdok, milhares de pessoas saíram às ruas de Cartum para protestar contra os militares, sendo que pelo menos 10 foram mortas pelas forças de segurança, de acordo com "fontes médicas" citadas pela BBC.

Além disso, três embaixadores sudaneses na Europa (Bélgica, França e Suíça) desertaram e proclamaram suas sedes diplomáticas como "representações do povo".

Desde a deposição de Bashir, o Sudão era comandado por um governo transitório formado por civis e militares e que prometia organizar eleições livres e democráticas. No entanto, divisões entre as forças civis serviram de justificativa para os militares darem um golpe.

Segundo Burhan, o Exército vai garantir uma "passagem democrática para a atribuição do poder a um governo eleito". O golpe foi condenado de forma quase unânime pela comunidade internacional, e os Estados Unidos suspenderam suas ajudas financeiras ao Sudão.

Ansa - Brasil   
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