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Premiê britânico pede a presidente da China avanço mais rápido em metas climáticas

29 out 2021 - 17h00
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O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, pediu ao presidente chinês, Xi Jinping, nesta sexta-feira, para fazer mais para reduzir a dependência chinesa do carvão e antecipar a meta de pico de emissões de CO2 para tentar enfrentar melhor a mudança climática.

Premiê britânico, Boris Johnson
29/10/2020
REUTERS/Tom Nicholson
Premiê britânico, Boris Johnson 29/10/2020 REUTERS/Tom Nicholson
Foto: Reuters

A China, o maior emissor mundial de gases de efeito estufa, é crucial para o sucesso da cúpula do clima da ONU COP26, mas muitos cientistas e especialistas em clima temem que seus planos climáticos atuais sejam muito fracos, e Johnson está em busca de convencer os chineses a ir mais longe.

Na quinta-feira, a China apresentou suas contribuições nacionalmente determinadas (NDCs) atualizadas para combater a mudança climática, impulsionando formalmente as promessas de redução de emissões, mas não oferecendo nada de novo antes das negociações climáticas da cúpula COP26, que acontecerá em Glasgow sob a liderança de Johnson.

Referindo-se a uma conversa nesta sexta-feira com Xi, Johnson disse a repórteres que ele levantou "alguns pontos" com o presidente chinês. "Em primeiro lugar sobre o momento do pico... eles disseram antes de 2030 e por isso eu insisti um pouco sobre isso, que 2025 seria melhor do que 2030, e eu não diria que ele se comprometeu com isso", afirmou.

"Outro ponto... foi a possibilidade de se afastar do carvão", disse ele, acrescentando que havia descrito o quão rapidamente o Reino Unido se afastou do carvão.

Johnson está em busca de fazer da COP26 um sucesso, mas com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente dizendo que o mundo está a caminho de aquecer cerca de 2,7ºC, com consequências extremamente destrutivas, alguns críticos duvidam que o líder britânico possa conquistar a China e outros grandes emissores e se comprometerem a manter vivo o limite de aquecimento em 1,5ºC.

O Acordo de Paris, de 2015, compromete os signatários a manter o aquecimento global bem abaixo de 2ºC acima dos níveis pré-industriais, e de preferência a 1,5ºC.

Usando o futebol como metáfora, Johnson afirmou: "Se fosse o primeiro tempo eu diria que estamos perdendo de 5 x 1... e temos um longo caminho a percorrer. Mas nós podemos fazer isso. Temos a capacidade de empatar, de recuperar a posição e virar".

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