Prefeitos pedem reunião com Meloni sobre filhos de casais gays
Encontro será realizado em Turim no dia 12 de maio
Os prefeitos de ao menos sete cidades da Itália pediram nesta terça-feira (28) "uma reunião urgente" com a primeira-ministra Giorgia Meloni e o ministro do Interior, Matteo Piantedosi, para uma discussão sobre os direitos dos filhos de casais homossexuais.
A nota conjunta é assinada pelos representantes dos municípios de Roma, Roberto Gualtieri, de Milão, Giuseppe Sala, de Nápoles, Gaetano Manfredi, de Turim, Stefano Lorusso, de Bolonha, Matteo Lepore, de Florença, Dario Nardella, e de Bari, Antonio Decaro.
"Nas próximas horas, o prefeito de Milão, Giuseppe Sala, estará em Bruxelas, onde representará nossas posições. Estaremos em Turim no dia 12 de maio para reafirmar nossas posições comuns", diz o texto. De acordo com os prefeitos, "a experiência cotidiana das administrações locais demonstra que há questões de proteção às quais não é possível dar uma resposta adequada".
"A vida familiar das pessoas LGBTQIA+ ainda não é plenamente reconhecida no atual quadro regulamentar, gerando desigualdade de tratamento no quadro da UE. Por isso consideramos fundamental combater qualquer discriminação e garantir plenamente os direitos dos filhos de casais homoafetivos, e sentimos fortemente a necessidade de ações comuns que queremos compartilhar orientações com os prefeitos de todos os partidos políticos".
Os prefeitos ressaltam ainda que "os princípios constitucionais da igualdade e proteção da dignidade da pessoa devem orientar o legislador para alguns passos inadiáveis como: o reconhecimento cadastral dos filhos e filhas de casais homoafetivos; e o casamento com o consequente acesso a adoções como previsto para casais heterossexuais".
"Estamos prontos para discutir isso com o Parlamento e o governo", concluíram.
A reunião é pedida após o governo de Meloni forçar a interrupção dos registros de crianças nascidas no exterior filhas de genitores homossexuais e que foram geradas por meios de reprodução medicamente assistidas. A decisão provocou uma série de protestos, principalmente em Milão. .