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Polícia turca usa gás lacrimogêneo contra manifestantes

Protestos acusam governo de responsabilidade em explosão em mina

7 jan 2023 - 11h34
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A Polícia da Turquia interveio com a força na cidade de Esmirna para dispersar cerca de 20 mil manifestantes que denunciavam a responsabilidade do governo do no desastre da mina de Soma, onde morreram 282 pessoas. Foi utilizado, inclusive, gás lacrimogêneo para dispersar as pessoas. O presidente do sindicato Disk, um dos mais importantes do país, Kani Beko, teve que ser hospitalizado após a investida da polícia contra os manifestantes.

    Outras manifestações estão previstas em outras cidades turcas, em particular em Ankara e Istambul, palco de incidentes entre polícias e manifestantes ontem, 14. Diversos sindicados convocaram um dia de greve hoje para protestar principalmente contra a falta de segurança nas minas do país e para denunciar a responsabilidade do governo do primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, no desastre em Soma, o mais grave na história moderna do país. Em visita a Soma, Erdogan foi contestado ontem por parentes dos mineradores mortos ou que ainda se encontram presos na mina com poucas chances de sobrevivência. Os familiares vaiaram o premier e pediram sua demissão. Ontem, a Turquia proclamou três dias de luto nacional em homenagem aos mortos no desastre. Na última terça-feira, 13, uma explosão ocorreu a dois metros de profundidade em uma mina privada de carvão em Soma. A segurança em minas de carvão há tempos é motivo de polêmica na Turquia. Em novembro do ano passado, 300 mineradores protestaram em Zonguldak contra medidas ineficientes de para aumentar a proteção dos trabalhadores.

Ansa - Brasil   
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