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Polícia de Hong Kong reprime protesto contra o governo

10 ago 2019 - 14h02
(atualizado às 15h11)
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A polícia de Hong Kong lançou gás lacrimogêneo para dispersar protestos contra o governo, neste sábado -- levando turistas a fugir chorando em Kowloon --, apenas para os manifestantes se reagruparem em outro lugar, durante mais um fim de semana tenso, quente e rebelde. Semanas de protestos cada vez mais violentos colocaram Hong Kong em sua maior crise política em décadas, o que representa um sério desafio ao governo central de Pequim

Manifestantes durante protesto em Hong Kong
05/08/2019
REUTERS/Kim Kyung-Hoon
Manifestantes durante protesto em Hong Kong 05/08/2019 REUTERS/Kim Kyung-Hoon
Foto: Reuters

No sábado, ativistas reuniram-se ao redor da cidade, com milhares de pessoas lotando o salão de desembarque do aeroporto pela segunda vez, enquanto, em outros locais, a polícia demonstrou uma nova disposição para rápida e agressivamente retirá-los das ruas. Esse cenário tornou-se uma perseguição de gato e rato aos manifestantes até tarde da noite de verão.

Gás lacrimogêneo foi usado, com pouco aviso, não muito depois de centenas de ativistas que haviam marchado por Tai Po, na parte norte do território, fazerem barricadas em cruzamento no bairro de Tai Wai. Eles se dispersaram, com o gás também preenchendo a estação de trem da região, levando passageiros às lágrimas.

Os manifestantes apareceram novamente em Kowloon, grande distrito urbano, apenas para a polícia lançar outra rodada de gás, da estação de polícia de Tsim Sha Tsui, fazendo com que turistas próximos corressem chorando. Lojas de luxo foram atingidas, com alguns clientes tirando fotos da polícia.

"Se o governo pensa que vamos desistir e não sair mais às ruas, estão errados", disse o estudante Chris Wong, 20, em Tai Po. "Carrie Lam está espalhando mentiras e nos culpando por destruir a economia de Hong Kong. Mas é ela quem está destruindo Hong Kong", disse. "Vamos continuar a lutar... mas também vamos ser espertos e vencê-los pelo cansaço."

Lam, líder de Hong Kong, disse na sexta-feira que a economia -- já afetada pela desaceleração da China e a guerra comercial do país com os Estados Unidos -- estava sendo prejudicada pelos protestos, que começaram em junho. Manifestantes, muitos deles jovens, parecem estar apenas intensificando suas ações. No fim do sábado, agitaram ponteiros lasers em direção à tropa de choque e levantaram tijolos e materiais de construções como barricadas em ruas de Kowloon. 

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