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Partido Social-Democrata diz que aliança com Merkel não é automática, todas opções estão em aberto

1 dez 2017 - 13h23
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O líder do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) disse nesta sexta-feira que não descarta nenhuma opção para ajudar a formar um novo governo, mas enfatizou que uma repetição da "grande coalizão" governista com a aliança conservadora da chanceler Angela Merkel não é algo certo.

A Alemanha, maior potência política e econômica da Europa, está tentando formar um governo desde a eleição nacional de 24 de setembro. Merkel e o SPD perderam apoio naquela votação enquanto um partido anti-imigração ganhou espaço no Parlamento, complicando seriamente a aritmética para formar uma coalizão.

Merkel, cujo futuro político está em jogo depois de 12 anos no comando, está cortejando o SPD --sigla de centro-esquerda que foi sua parceira de governo nos últimos quatro anos-- desde que sua tentativa de montar uma coalizão tripartite com dois partidos menores fracassou.

    O SPD, que queria ir para a oposição depois de sofrer sua pior derrota eleitoral desde o pós-guerra, teme que sua identidade política distinta e suas propostas políticas voltem a ser sufocadas em qualquer arranjo com o bloco de centro-direita de Merkel.

    "Quanto à formação de um novo governo, há um amplo apoio para não se descartar nenhuma opção", disse o líder do SPD, Martin Schulz, após discussões da direção do partido em Berlim.

    Schulz --que na noite de quinta-feira conversou com o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, Merkel e seu aliado conservador bávaro Horst Seehofer-- negou ter concordado com uma renovação da "grande coalizão" que governou o país nos últimos quatro anos.

    "Posso negar claramente a reportagem sobre eu ter dado luz verde para negociações de uma grande coalizão. Isto está simplesmente errado", afirmou Schulz, acrescentando que a matéria parece ter se baseado em fontes do bloco conservador da chanceler, composto pela União Democrata-Cristã (CUD) e a União Social-Cristã (CSU).

    "Temos muitas opções para formar um governo. Deveríamos conversar sobre cada uma destas opções. É exatamente o que proporei à liderança do partido na segunda-feira."

    O campo de Merkel disse que a bola está com o SPD.

    "Agora cabe ao SPD dar esclarecimentos", disse Klaus Schueler, dirigente da CDU. "O fato de que enfatizamos hoje que estamos preparados para iniciar tais conversas com o SPD mostra que estamos pretendendo levar estas conversas a uma conclusão bem-sucedida." 

Mas Mike Mohring, outro membro de alto escalão da CDU, disse que está otimista sobre uma eventual grande coalizão e que espera que um novo governo seja montado até março de 2018.

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