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Caxemira: Paquistão diz que reagirá caso Índia ataque

22 fev 2019 - 13h03
(atualizado às 14h56)
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O Paquistão reagirá com "força total" a qualquer ataque da Índia, disse o porta-voz do Exército nesta sexta-feira em meio ao agravamento das tensões entre os dois vizinhos, que têm armas nucleares, em função da Caxemira.

O general Asif Ghafoor se pronunciou uma semana depois de um grupo militante radicado no Paquistão assumir a autoria de um ataque suicida com um carro-bomba que matou 40 policiais paramilitares indianos na região do Himalaia disputada pela Índia e o Paquistão.        

O principal comandante militar da Índia na região alegou que a agência de espionagem paquistanesa Interserviços de Inteligência (ISI) está envolvida.

"Não temos intenção de iniciar uma guerra, mas reagiremos com força total a uma ameaça de espectro total que surpreenderia vocês", disse Ghafoor aos repórteres na cidade de Rawalpindi, que abriga uma guarnição.

Pessoas durante vigília em homenagem a policiais paramilitares indianos que morreram em ataque com carro-bomba no sul da Caxemira na semana passada em Ahmedabad, Índia
Pessoas durante vigília em homenagem a policiais paramilitares indianos que morreram em ataque com carro-bomba no sul da Caxemira na semana passada em Ahmedabad, Índia
Foto: Amit Dave / Reuters

"Não mexam com o Paquistão."

A resposta do Exército veio dois dias depois de o primeiro-ministro, Imran Khan, pedir à Índia para que compartilhe toda e qualquer prova contestável, oferecendo cooperação plena na investigação da explosão.

Ele também propôs conversas com a Índia sobre todos os tópicos, inclusive o terrorismo, o que Nova Délhi sempre pleiteou como pré-requisito para qualquer diálogo entre os dois arquirrivais.

Índia e Paquistão travaram duas guerras desde a independência de 1947 por causa da Caxemira, que ambas reivindicam em sua totalidade.

Ghafoor também reiterou a oferta de diálogo.

"A Caxemira é uma questão regional", disse. "Vamos conversar sobre isso. Vamos resolver isso".

A Índia acusa grupos militantes islâmicos paquistaneses de se infiltrarem em sua parte da Caxemira para atiçar uma insurgência e ajudar movimentos separatistas.

Washington e Nova Délhi alegam que o Exército do Paquistão incentiva os militantes para usá-los como ferramenta de política externa de forma a ampliar seu poder na Índia e no Afeganistão - o que os militares vizinhos negam.

Um destes grupos é o Lashkar-e-Taiba (LeT), quem a Índia culpa por ataques em Mumbai em 2008 que mataram 166 pessoas dizendo que seu fundador, Hafiz Saeed, foi o mentor.

Os Estados Unidos ofereceram uma recompensa de 10 milhões de dólares por informações que levem a uma condenação pelos ataques de  Mumbai.

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