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Justiça marca nova audiência sobre bebê britânico

Segundo imprensa, aparelhos de Alfie Evans já foram retirados

23 abr 2018 - 20h50
(atualizado em 24/4/2018 às 10h42)
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Foto: IstoÉ

O juiz de apelação do Supremo Tribunal do Reino Unido, Anthony Hayden, estabeleceu para a tarde desta terça-feira (24) uma nova audiência para tratar o caso do bebê britânico Alfie Evans. A audiência acontecerá em Manchester às 15h30 (horário local), informou um porta-voz, ressaltando que todos os representantes legais das partes, inclusive da família e do hospital Alder Hey, estão convocados.

Os pais do bebê britânico perderam na noite de segunda-feira (23) o "último recurso" para manter os aparelhos do filho, que sofre de uma doença degenerativa, ligados. O juiz Hayden rejeitou as novas alegações dos representantes legais da família, depois que o Ministério de Relações Exteriores da Itália concedeu a Alfie cidadania italiana, na esperança de permitir uma "transferência imediata" para o hospital Bambino Gesu, em Roma.

De acordo com o advogado de direitos humanos Pavel Stroilov, do Centro Legal Cristão, que representa os pais de Alfie, o juiz Hayden havia descartado qualquer reversão de sua decisão. "Depois de uma longa conversa telefônica, o juiz disse que não deveria haver mais demora", explicou.

Alfie está em internado desde dezembro de 2016 com uma condição neurológica degenerativa não diagnosticada rara. O hospital argumentou que mantê-lo em um ventilador não é do "interesse dele" e qualquer tratamento adicional não é apenas "fútil", mas também "indelicado e desumano".

Nesta segunda, o papa Francisco renovou seu apoio à família, em uma publicação no Twitter. "Emocionado pelas orações e pela grande solidariedade em favor do pequeno Alfie Evans, renovo meu apelo para que seja ouvido o sofrimento de seus pais e seja satisfeito seu desejo de tentar novas possibilidades de tratamento", escreveu.

Além disso, o presidente da Pontifícia Academia para a Vida, monsenhor Vincenzo Paglia, disse à ANSA que é necessário haver um diálogo para "tornar mais humana a existência" das pessoas.

"A única coisa que ainda é preciso fazer é encontrar uma aliança de amor entre todos aqueles que de algum modo participam dessa situação. Certamente, cabe aos médicos elaborarem o diagnóstico, mas você não pode esquecer que tão importante é a participação dos pais, porque o pequeno Alfie não pode expressar sua opinião", acrescentou.

Mais cedo, antes de Alfie receber a cidadania italiana, um grupo que o apoiava tentou invadir o hospital Alder Hey. Os manifestantes, que se autodenominam "Exército Alfie", apoiam os pais na batalha contra a decisão do judiciário britânico.

No entanto, de acordo com a imprensa local, depois da reunião desta noite, os médicos já interromperam o tratamento que mantém o bebê vivo.

De acordo com fontes próximas à família, citadas pelos jornais britânicos, Alfie foi retirado do aparelho por volta das 21h (horário local) e agora "sustenta sua própria vida", conforme revelado pelo pai do bebê, Tom, em um vídeo ao vivo no Facebook.

Os únicos parentes autorizados a ficarem no quarto durante o procedimento foram os pais de Alfie e dois outros membros da família, informou a mídia local. Ainda é desconhecido quanto tempo o bebê, de 23 meses, sobreviverá.

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Ansa - Brasil   
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